23 de dez. de 2009

Estudo revela fatores que ocasionam pressão arterial em motoristas de táxi


Da assessoria da ENSP, publicada em 23/12/2009

Com o objetivo de avaliar a associação entre fatores ocupacionais e a ocorrência de hipertensão arterial em um grupo de motoristas de táxi do município do Rio de Janeiro, foi realizada na ENSP, pelo aluno Marcelo Carvalho Vieira, a defesa de mestrado em saúde pública "Hipertensão arterial e características ocupacionais em motoristas de táxi no Município do Rio de Janeiro". Sob a orientação da pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz), Marisa Moura, o aluno observou que os motoristas são freqüentemente submetidos a inúmeras exposições ambientais adversas, como calor, vibrações, ruído intenso, gases tóxicos provenientes da exaustão de combustíveis fósseis, além de longas jornadas de trabalho, e associou esses fatores à qualidade da saúde dos trabalhadores.

De acordo com o aluno o estudo procurou descrever características sócio-demográficas, ocupacionais e analisar a freqüência de fatores de risco para hipertensão arterial nesta população. Foi um estudo epidemiológico do tipo seccional e de caráter exploratório, realizado entre os meses de novembro de 2008 e abril de 2009. Foram entrevistados 496 taxistas que utilizavam os pontos de parada regulamentados pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Marcelo utilizou um questionário com perguntas sobre presença e controle da hipertensão arterial, fatores de risco para seu desenvolvimento, perfil sócio-demográfico e características ocupacionais para obter os dados.

Segundo o autor do estudo, entre os entrevistados, 110 (22,2%) apresentaram diagnóstico anterior de hipertensão arterial. "Uma das coisas que observei e que chamou muito minha atenção foi que o grupo estudado apresentou elevadas freqüências de excesso de peso e sedentarismo. Além disso a maioria tem uma carga de trabalho alta", explicou. Nas pesquisas o aluno constatou que 44% dos entrevistados afirmaram trabalhar 7 dias por semana e 92% referiram jornadas de trabalho maiores do que 8 horas por dia.

Outros fatores observados por Marcelo foram em relação à propriedade de permissão e o tempo acumulado de trabalho como taxista. "Apenas 286 motoristas se declararam proprietários da licença. Este fator é muito importante para eles, pois os que não são proprietários geralmente pagam diárias, o que pode submetê-los a pressões financeiras, acarretando problemas à saúde. O tempo acumulado de trabalho como taxista apresentou relação estatisticamente significativa com a hipertensão arterial", enfatizou.

O aluno explicou que a chance de apresentar hipertensão arterial entre os que trabalhavam como motorista de táxi por 11 a 20 anos foi o dobro daquela observada entre os que trabalhavam há menos de 10 anos, independentemente da idade. Segundo ele, neste grupo de trabalhadores foi encontrada uma elevada freqüência de fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial.

Para Marcelo a realização do estudo mostrou que faz-se necessária a criação de estratégias para promover a adoção de hábitos de vida mais saudáveis e melhorar as condições de trabalho dos motoristas de táxi. Além de ser imprescindível a realização de novas pesquisas científicas com estes profissionais, a fim de aprofundar as questões relativas ao envolvimento das atividades ocupacionais no processo saúde-doença, visto que não foram identificados estudos nacionais que tivessem abordado a questão da saúde dos taxistas até o momento.

15 de dez. de 2009

As primeiras vitórias da Confecom

Por Altamiro Borges

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que deve agitar Brasília de 14 a 17 de dezembro, já representa uma histórica vitória dos movimentos sociais que há muito lutam contra a ditadura midiática instalada no país. Ela só foi convocada, durante o Fórum Social Mundial em janeiro, em Belém, por pressão destes setores. E, apesar das sabotagens das principais entidades empresariais, ela só vingou graças à habilidade dos mesmos movimentos sociais, que não caíram nas armadilhas dos barões da mídia que pretendiam inviabilizar a conferência.

A partir do decreto presidencial convocando a Confecom, em abril, o debate sobre o papel dos meios de comunicação se avolumou em todo o território nacional. Como afirma o presidente Lula, nunca antes na história deste país se discutiu tanto este tema estratégico. Concluída suas etapas municipais e estaduais, já pode se afirmar que a Confecom obteve uma vitória pedagógica, caminha para consolidar um saldo organizativo e pode, ainda, conquistar vitórias concretas no pós-conferência. Estes três avanços já são motivos de comemoração dos movimentos sociais.

O saldo pedagógico

Antes da convocação da Confecom, o direito humano à comunicação era entendido por restritos núcleos de “especialistas” no tema, que tiveram o mérito de erguer a bandeira da democratização do setor há mais de duas décadas. Apesar de duramente criminalizados pela mídia, o grosso dos movimentos sociais ainda não encarava esta frente como prioritária. A preparação da conferência começou a alterar este cenário, num esforço pedagógico sem precedentes na nossa história.

Em curto espaço de tempo, centenas de encontros ocorreram no país – entre conferências livres, seminários e as etapas municipais e estaduais da Confecom. Ainda não foi contabilizado o total de participantes deste processo, mas estima-se em mais de 30 mil ativistas envolvidos. Além da crítica à mídia hegemônica, concentrada e manipuladora, os participantes formularam propostas concretas para o setor. No total, 6.101 sugestões foram apresentadas. O saldo, bastante positivo, é que milhares de ativistas passaram a militar na luta pela democratização da comunicação.

O saldo organizativo

Como festejou Laurindo Lalo Leal Filho, ouvidor da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na abertura da etapa paulista da Confecom, não há mais retorno neste rico processo de mobilização. “Botamos o pé na porta”. A partir desta primeira conferência, a tendência é que cresça a pressão e a organização da sociedade na luta pela democratização do setor. Vários estados já discutem a manutenção das comissões da “sociedade civil” que organizaram a conferência, como forma de se ampliar e dar maior organicidade a este movimento democratizante.

O saldo organizativo já se reflete em vários setores. As rádios comunitárias, historicamente tão criminalizadas, conquistaram novo patamar de legitimidade. Os blogueiros, antes tão dispersos, também debatem novas formas de organização. O Fórum de Mídia Livre (FML), que realizou o seu segundo encontro no início de dezembro, firma-se como um pólo aglutinador dos fazedores independentes de mídia. Até entre os “empresários progressistas”, que cavaram sua participação peitando os barões da mídia, já se discute uma forma própria de organização do setor.

Os avanços concretos

Mas as vitórias da Confecom não são apenas políticas – pedagógicas e organizativas. Elas podem se refletir também em avanços concretos, práticos, no processo de democratização dos meios de comunicação. Algumas propostas já poderão se tornar exeqüíveis a partir de iniciativas diretas do Poder Executivo, sem depender do Poder Legislativo num ano de campanha eleitoral. Na semana passada, por exemplo, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da Republica (Secom) anunciou que incluirá em seu plano de mídia as TVs comunitárias, bancando publicidade oficial, o que representa uma conquista dos cerca de 60 canais comunitários de sinal fechado do país.

A exemplo das outras 61 conferências realizadas pelo governo Lula, a Confecom não tem poder deliberativo. Ela sugere políticas públicas e regulamentações para os poderes constituídos. Neste sentido, as sinalizações também são positivas. As 59 propostas apresentadas pelo governo visam democratizar o setor, assimilando históricas reivindicações dos movimentos sociais. Para Beto Almeida, presidente da TV Cidade Livre de Brasília e integrante da Junta Diretiva da Telesur, “elas indicam um importante grau de sintonia entre governo, amplas parcelas do movimento sindical-social e segmentos anti-monopolistas do empresariado”.

Uma estratégia para avançar
Como se constata, a Confecom tem tudo para representar uma expressiva vitória dos movimentos sociais. Segundo Jonas Valente, membro do Coletivo Intervozes, “a etapa nacional, depois de um difícil desenrolar, pode colocar a Confecom como ponto de virada na história das comunicações brasileiras”. No mesmo rumo, Beto Almeida observa que a Confecom “não fará o ajuste final de contas com a ditadura midiática... Mas ela é uma etapa mais elevada desta longa caminhada, que deve ser aproveitada para alinhavar a sustentação e implementação de várias mudanças”.

Para fazer vingar as mudanças neste setor, o desafio agora é definir uma estratégica certeira. De forma resumida, ela deve priorizar as propostas essenciais, evitando-se a dispersão em mais de 6 mil sugestões; precisa unificar o campo popular e democrático, já que os barões da mídia farão de tudo para bancar seus interesses mercadológicos; precisa estabelecer uma aliança prioritária com os setores progressistas do governo Lula, já que a aprovação de qualquer proposta necessita de 60% dos votos; e deve explorar todas as contradições do meio empresarial, sem se submeter ao falso “nacionalismo” dos radiodifusores ou ao falso “pluralismo” das teles estrangeiras.


Leia o Blog do Miro.

Altamiro Borges



retirado de
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7854

14 de dez. de 2009

Termina a I Conferência Nacional de Saúde Ambiental


Assessoria da CNSA

Após quatro dias de debates terminou último sábado (12/12), em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental (CNSA), coordenada pelos Ministérios da Saúde, Meio Ambiente e Cidades. Cerca de 1.500 pessoas, entre delegados, convidados e observadores internacionais participaram do evento que definiu 24 diretrizes e 48 ações estratégicas para a construção da primeira Política Nacional de Saúde Ambiental.

Na avaliação de Guilherme Franco Netto, coordenador geral da 1ª CNSA e diretor de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, a CNSA conseguiu trabalhar de maneira muito propositiva, e vai contribuir na elaboração de diversas políticas públicas, o que vai contribuir para a qualidade de vida dos brasileiros. “Posso afirmar que a coragem e a determinação dos delegados de todo o Brasil tornaram possível a realização dessa Conferência”.

Para Netto, as deliberações e diretrizes propostas contribuirão na elaboração de diversas políticas públicas e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. “O governo brasileiro poderá dizer em Copenhague que aqui fomos capazes de discutir a Saúde Ambiental em nível elevado".

O gerente de projetos do Ministério do Meio Ambiente e membro da Comissão Organizadora Nacional (CON/CNSA) ressaltou a importância do evento para as discussões sobre as propostas de políticas públicas. “A CNSA aponta diversas ações para o fortalecimento das áreas da saúde, meio ambiente, infrastrutura e planejamento urbano”.

Na opinião de Elcione Diniz Macedo, diretor de Desenvolvimento Institucional do Ministério das Cidades, outras conferências devem se espelhar na intersetoriedade proposta pela CNSA. “A CNSA foi objetiva usando uma metodologia que aponta 24 diretrizes e 48 ações estratégicas. A saúde, o meio ambiente e o saneamento devem buscar um objetivo comum para fazer uma política transversal”.

Segundo Marta Sinoti, analista técnica do Ministério das Cidades e membro da CON, não tem como separar a saúde, o meio ambiente e as cidades. “Discutir saúde ambiental é discutir também o modelo de cidades que a população quer. Nesse processo final da CNSA, vimos que as pessoas querem registrar suas impressões. A Conferência é um fórum importante para consolidar a democracia brasileira”.

Andréa Nascimento, delegada do Espírito Santo, emocionada disse que por meio da sua participação na CNSA, teve certeza que o povo tem força para mudar qualquer situação. “Fiquei nervosa com a organização no primeiro dia do evento. Nunca tinha participação de uma conferência e nem conhecia o processo. Vi a força do povo. Aqui ajudamos a construir políticas públicas”, finaliza.

O objetivo da 1ª CNSA foi o de promover o debate social sobre as relações entre produção e consumo, seus impactos na saúde e no ambiente, estruturação de territórios sustentáveis nas cidades, no campo e nas florestas. Dessa forma, as ações e diretrizes definidas na Conferência devem subsidiar a construção de uma política integrada para a redução de riscos à saúde pela melhoria das condições de vida da população, bem como pela diminuição dos danos ao meio ambiente.
A 1ª CNSA mobilizou mais de 60 mil pessoas em todo o país durante as etapas preparatórias. Foram realizadas 285 conferências municipais, 151 regionais ou microrregionais, 26 estaduais e uma distrital.
Os temas debatidos na plenária nacional incluíram a necessidade de processos produtivos e consumo sustentáveis; melhoria de infraestrutura, como o saneamento; articulação interinstitucional, ações integradas e controle social; territórios sustentáveis, planejamento e gestão integrados; educação, informação, comunicação e produção de conhecimento; e marco regulatório e fiscalização.
Estes assuntos foram discutidos e eleitos como prioritários com base nos três eixos temáticos da 1ª CNSA: I – Desenvolvimento e sustentabilidade sócio-ambiental no campo, na cidade e na floresta; II – Trabalho, ambiente e saúde: desafios dos processos de produção e consumo nos territórios; III – Democracia, educação, saúde e ambiente: políticas para a construção de territórios sustentáveis.

Confira o resultado da 1ª CNSA no site: http://189.28.128.179:8080/cnsa

11 de dez. de 2009

Unidade sentinela em saúde do trabalhador é inaugurada no HAM

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) inaugura nesta quinta-feira (10/12), às 14h, mais uma unidade sentinela em saúde do trabalhador. Dessa vez, no Hospital Agamenon Magalhães (HAM). O novo setor terá a missão de identificar os acidentes de trabalho que ocorrem em Pernambuco e dão entrada numa das maiores emergências do Estado. Pela primeira vez, os dados serão computados para auxiliar na construção de políticas públicas mais consistentes na área.

Oitenta e quatro profissionais que vão trabalhar nas unidades sentinelas já foram treinados para saber distinguir o que é ou não é um acidente de trabalho. A capacitação englobou servidores dos hospitais da Restauração, Getúlio Vargas, Barão de Lucena, das Clínicas, além do Cisam e da Unidade Mista Torres Galvão, em Paulista. Outros 14 profissionais do Hospital Geral de Areias também foram treinados. A inauguração do serviço nessa última unidade de saúde ocorreu nesta quarta-feira (09/12).

Pernambuco não possui dados epidemiológicos em saúde do trabalhador. Gildázio Moura, gerente de Saúde do Trabalhador, informa que a unidade sentinela possui uma importância fundamental para a sociedade. “Uma pessoa que cai de uma moto e é levado a um hospital pode ser um acidente de trabalho. O que precisamos fazer é investigar, acolher e notificar se aquele trauma, por exemplo, pode ter ocorrido quando o paciente estava entregando uma pizza”, explica Gildazio Moura.

O gerente foi o coordenador de um estudo inédito, em 2008, para saber quantos acidentes de trabalho poderiam ser computados se fosse instalada uma unidade sentinela no Hospital da Restauração. Durante as 720 horas de análise, foram registrados 542 casos. Ou seja, aproximadamente a cada hora, um acidente de trabalho é registrado na unidade de saúde, sendo a maior parte ligada à construção civil.
Com a entrada de mais duas unidades sentinelas, já são 12 inauguradas em quatro meses. Equipados com computador e impressora, os profissionais vão ganhar um espaço reservado nos hospitais para notificar os casos de acidente de trabalho, logo que os pacientes derem entrada nas unidades de saúde. “Até maio de 2010, a expectativa é que possamos trabalhar com os números gerados por os 30 setores”, estima o gerente Gildazio Moura.

22 de out. de 2009

Inscrições para especialização em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana até 30/11

Estão abertasaté o dia 30 de novembro de 2009 as inscrições para o curso de especialização em saúde do trabalhador e ecologia humana da ENSP/Fiocruz. O objetivo é oferecer capacitação para planejamento, organização e a avaliação das ações na área de saúde do trabalhador. Mais informações entrar no site: www.sigals.fiocruz.br.

29 de set. de 2009

Violência no trabalho: Jornalista é agredido pelo filho do verador Luiz Vidal


Por Mariana Olívia


Na última segunda-feira (28.09) o jornalista Rafael Dias, da editoria de Vida Urbana do Diario de Pernambuco foi agredido com um soco no rosto pelo filho do vereador Luiz Vidal nas dependências do jornal.
A violência aconteceu porque o agressor, que se identificou como Luiz Vidal Filho, não teria concordado com o conteúdo da matéria assinada por Rafael sobre a morte do pai dele, que ocorreu no sábado. O texto foi publicado no Diario, ontem. Após agredir o jornalista, o acusado ainda ameaçou os seguranças que estavam presentes e em seguida fugiu do local.
Esse ato violento fere o preceito constitucional da liberdade de informação previsto no artigo 220 da nossa Carta Magna, a liberdade de uma imprensa democrática e digna, além de se caracterizar como violência no ambiente de trabalho. Não é a primeira vez que um jornalista é agredido nas redações de Recife. Um outro caso de destaque aconteceu em 1999 quando o então prefeito de Recife, Roberto Magalhães (PFL) invadiu a redação do jornal com um revólver na cintura ameaçando os jornalistas, principalmente o colunista Orismar Rodrigues. O colunista, segundo o prefeito, o teria desonrado ao publicar nota sobre o veto ao projeto da Torre do Farol de Recife, de autoria de Francisco Brennand. Na verdade, a nota publicada, sequer citava o nome do prefeito.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, considera-se Violência no trabalho situações em que o trabalhador é agredido física, psicológica ou moralmente em circunstâncias relacionadas ao trabalho, implicando em risco para a sua segurança, bem estar ou saúde. Segundo O relatório sobre "Violência no trabalho" da Organização Internacional do Trabalho (OIT) o homicídio tem se convertido na principal causa de morte no ambiente de trabalho para as mulheres e na segunda para os homens. Entre os resultados do estudo, o informativo frisa que essas ondas de violência "que se produzem nos ambientes de trabalho de todo o mundo, permitem concluir que esse problema está acima dos problemas das fronteiras dos países, os ambientes de trabalho ou qualquer categoria profissional".
Para reverter esse quadro é necessário que os casos de violência no trabalho sejam identificados no atendimento médico e que sejam notificados, para poder traçar o perfil dos profissionais e agressões em Pernambuco. Com este perfil pode-se realizar um planejamento de ações de promoção e prevenção envolvendo instituições de saúde, empregadores, trabalhadores e demais atores envolvidos nos processos produtivos.
É importante reconhecer que a violência no trabalho afeta milhões de trabalhadores no mundo todo, tornando-se cada vez mais uma questão de saúde pública e direitos humanos e que afeta de forma relevante a eficiência e o sucesso das organizações.

24 de set. de 2009

Anvisa lança 0800 para facilitar acesso da sociedade

A população ganhou acesso a um novo canal de comunicação direto e gratuito com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. No dia 16 de setembro a Anvisa inaugura sua central de atendimento telefônico e eletrônico.
Pelo número 0800 642 9782, qualquer cidadão poderá realizar denúncias, obter informações sobre produtos sujeitos a vigilância sanitária (cosméticos, alimentos, medicamentos etc.), orientações aos viajantes e conferir o andamento de processos. O serviço ficará disponível de segunda à sexta, das 7h30 às 19h30, totalizando uma capacidade de atendimento diário de 456 horas.
"Acreditamos que a central possa atender de forma imediata 80% dos pedidos de informação que chegam à Agência", afirmou o diretor-presidente, Dirceu Raposo de Mello, ao fazer a primeira ligação para o serviço. Dúvidas muito específicas e técnicas serão registradas e encaminhadas às áreas que terão prazo para resposta.
"O serviço vai aproximar a vigilância sanitária da população brasileira, do industrial à dona de casa, que se tiver dificuldades de acessar a vigilância sanitária local, vai poder ligar para a Anvisa para denunciar um salame estragado no supermercado, por exemplo", aponta o deputado federal Tarcisio Perondi (PMDB/RS), presidente da Frente Parlamentar da saúde.
As respostas da área técnica serão encaminhadas à Central, que fará o contato com o usuário por e-mail ou telefone. Os usuários do serviço poderão acompanhar o andamento do atendimento por meio de um número de protocolo que será fornecido ao final de todas as ligações. O serviço é aberto aos cidadãos, empresas e órgãos de vigilância sanitária.
"Num país que ainda vive um contexto de diversidades regionais e de considerável exclusão digital, a possibilidade da oferta desse serviço por telefone democratiza o acesso à informação em saúde e é um passo importante para garantir a saúde coletiva", defende a consultora em vigilância sanitária da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) - OMS, Éji Pons.
As informações específicas das empresas serão fornecidas somente mediante a confirmação de dados cadastrais. Todo atendimento será gravado, a fim de garantir maior segurança ao processo. A iniciativa foi recebida com entusiasmo pelo setor regulado. "A expectativa é que esse canal ofereça maior celeridade na resolução das dúvidas, o que será muito benéfico", afirma a gerente de Legislação Industrial Farmacêutica do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Rosana Mastelaro.
Além do serviço 0800, a população também poderá se comunicar com a Anvisa por meio de um serviço de Fale Conosco, que ficará disponível no site da Agência.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa

23 de set. de 2009

Dupla jornada de trabalho prejudica a saúde da mulher


Fonte: MBPress Foto: Edson Anjos


Pesquisa da Agência de Saúde Pública de Barcelona revelou que jornadas de trabalho maiores que 40 horas semanais são prejudiciais. As mulheres são alvo fácil desses problemas, pois além de trabalharem fora de casa, cumprem tarefas domésticas e acumulam mais responsabilidades. Isso faz com que elas se sintam mais pressionadas em relação aos seus papéis e culpadas quando não conseguem suprir as expectativas familiares e profissionais.Entre as doenças que podem aparecer, o estresse (que envolve dores de cabeça, insônia, gastrite, diarréia, queda de cabelo e alterações menstruais) é a mais comum. Outras, como a depressão, a ansiedade e os problemas cardíacos, são consideradas mais sérias. A psicóloga Marcelly Pimentel acredita que o lado emocional da mulher é o mais abalado nestes casos. “O excesso de trabalho causa a falta de paciência com as pessoas mais próximas, como familiares e parceiros, aumenta o estresse no trânsito (já que saem cansadas do trabalho), faz com que a mulher não tenha tempo para se cuidar e fazer as coisas que gosta”, afirma a especialista.Como as mulheres passam a maior parte do tempo realizando atividades profissionais, acabam deixando de lado outras tarefas que são essenciais para seu bem-estar, como a prática de exercícios e momentos de lazer. Além disso, pode ocorrer o agravamento de problemas já existentes, entre eles, a hipertensão e o aumento do consumo de cigarros. Também é muito comum elas apresentarem alterações hormonais e psicológicas. Ainda de acordo com o estudo, realizado com cerca de 2.800 pessoas de diversos ramos e classes sociais durante um ano, 17,1% das mulheres analisadas ultrapassam a jornada de 40 horas semanais, considerada normal ou até mesmo mínima no Brasil. A pesquisa constatou que o ambiente de trabalho inadequado, a insatisfação com o emprego, os baixos salários e as horas extras contribuem para o aumento de tais problemas. Segundo a psicóloga, muitas de suas pacientes têm estresse, enxaqueca e somatizam doenças físicas por desgaste no trabalho. Marcelly Pimentel aposta nas terapias alternativas para amenizar o problema, como a ioga e a meditação, e acredita que as mulheres se sentem obrigadas a se dedicar mais ao mercado de trabalho do que os homens. “A mulher tem que se impor mais. Por ser considerada “sexo frágil”, acaba sendo “pisoteada”. Ela sente uma necessidade natural de ser mais ativa”, explica a especialista. A psicóloga ainda acrescenta que “a primeira coisa a fazer é reconhecer que está com dificuldade e depois procurar saídas, como terapia, algum exercício físico, algum hobby. Enfim, algo que goste e que a faça se sentir viva. Já as empresas podem colaborar proporcionando momentos de descanso durante o dia, oferecendo exercícios de relaxamento ou qualquer atividade que permita desviar a atenção da rotina do funcionário do trabalho. Algumas empresas em que dei consultoria colocaram música ambiente relaxante e intervalos a cada quatro horas para descontração”, conta a especialista.

21 de set. de 2009

Técnicos recebem capacitação sobre sistemas de informação


Redação da Superintendência de Comunicação/SES


Técnicos dos núcleos de epidemiologia (NEPI’s) dos grandes hospitais do Estado, localizados na capital pernambucana, do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen), Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e Hospital das Clínicas vão participar, a partir dessa segunda-feira (21/09), às 8h, de uma capacitação sobre os sistemas de informações epidemiológicas. O curso será realizado no Núcleo de Informática do DataSUS, no antigo prédio da Sudene, na Cidade Universitária, e se estenderá até a próxima sexta-feira (25/09). Cerca de 40 técnicos deverão ser atualizados sobre a operacionalização dos sistemas de Informação de Mortalidade (SIM), Nascidos Vivos (Sinasc) e de Agravos de Notificação (Sinan).

Segundo a gerente de Vigilância de Eventos Vitais, Patrícia Ismael, o objetivo é capacitar esses núcleos sobre as normas e rotinas da notificação de agravos, nascimentos e óbitos, além do monitoramento desses dados. “Queremos que esses técnicos tenham o conhecimento necessário para manusear o SIM, Sinan e Sinasc, puxar os dados e conhecer o perfil epidemiológico dos agravos”, disse. Ainda de acordo com ela, eles conhecerão ainda o fluxo dos sistemas de informações, desde a ponta, quando o médico notifica o caso, até a utilização desses dados no controle epidemiológico.

Ainda de acordo com Patrícia Ismael, os núcleos de epidemiologia dos hospitais são de extrema importância, pois iniciam o processo de vigilância de nascimentos, óbitos ou agravos. É nos hospitais que são preenchidas as fichas de notificação, que são repassadas para os municípios para serem digitadas. “De lá as informações são repassadas para as Regionais de Saúde, depois para o nível central da SES/PE e, por sua vez, para o Ministério da Saúde”, disse. Segundo Patrícia Ismael, se os núcleos melhorarem a estrutura da notificação dos casos, todo o processo também é aperfeiçoado. “Melhoramos a qualidade da informação, tornando os dados mais fidedignos e, consequentemente, a vigilância de óbitos, agravos e nascimentos”, afirmou.

17 de set. de 2009

Zona da Mata Norte inaugura três Unidades Sentinela


A Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizou, na última sexta-feira (11/09), uma Oficina Introdutória para 42 profissionais que trabalham nas três Unidades Sentinela em Saúde do Trabalhador da zona da mata norte de Pernambuco. Elas vão contribuir para identificar os acidentes e agravos relacionados com o trabalho que ocorrem no Estado e, pela primeira vez, os dados serão computados para auxiliar na construção de políticas públicas mais consistentes.

Os profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de nível médio, são dos hospitais Belarmino Correia (Goiana), Regional Fernandes Salsa (Limoeiro) e de Fraturas de Timbaúba, onde foram instaladas as unidades. Entre os temas debatidos, foi abordada a importância da epidemiologia para o planejamento das ações de saúde e a contextualização do fluxo de atendimento. “Também construímos com eles como identificar na prática o que é ou não é um caso de acidente ou adoecimento de trabalho”, diz Gildazio Moura, gerente de Saúde do Trabalhador de Pernambuco.


A solenidade de inauguração foi realizada na segunda-feira (14/09) para assinalar o funcionamento das unidades sentinelas da mata norte e teve presença de diversas autoridades dos três municípios.

27 de ago. de 2009

Mais três unidades-sentinela são inauguradas



por Diogo Max

Outras três unidades-sentinela em saúde do trabalhador serão inauguradas em Pernambuco, todas elas localizadas no litoral sul do Estado. Os profissionais já vão começar a ser treinados nesta sexta-feira (28/08), a partir das 8h da manhã, para identificar as vítimas de acidentes de trabalho que dão entrada na rede pública de saúde. Pela primeira vez, o Estado irá computar e conhecer dados próprios que vão contribuir para políticas públicas mais consistentes.

Quarenta e dois profissionais de saúde dos hospitais Mendo Sampaio (Cabo de Santo Agostinho) e Professor Clóvis Azevedo (Ribeirão), além do Centro Hospitalar Carozita Brito (Ipojuca), vão participar da palestra que ocorre no auditório do Teatro Barreto Júnior, no centro do Cabo de Santo Agostinho. As unidades serão inauguradas na próxima segunda-feira (31/08). Confira abaixo os horários das solenidades.

Na capacitação desta sexta-feira, os técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (SES) irão repassar o conteúdo das diretrizes da política de saúde do trabalhador. Entre outros temas a serem debatidos, está a importância da epidemiologia para o planejamento das ações de saúde e a contextualização do fluxo de atendimento. “Também vamos ensiná-los a identificar na prática o que é ou não é um caso de acidente ou adoecimento de trabalho”, diz Gildázio Moura, gerente da Saúde do Trabalhador.


HORÁRIO DA INAUGURAÇÃO DE MAIS TRÊS UNIDADES SENTINELAS

HOSPITAL LOCALIZAÇÃO HORÁRIO DE INAUGURAÇÃO

Hosp. Municipal Mendo Sampaio Cabo de Santo Agostinho 09h00
Centro Hosp. Carozita Brito Ipojuca 11h00
Hosp. Munic. Prof. Clóvis Azevedo Paiva Ribeirão 15h00

Plano de Ações do período 2008-2011

Plano de Ações do período 2008-2011

Secretaria Estadual de Saúde continua a inauguração de unidades sentinelas


A Secretaria Estadual de Saúde (SES) irá inaugurar, no próximo dia 31 de agosto, mais três unidades sentinelas que vão identificar acidentes de trabalho em Pernambuco. Agora serão contempladas as unidades que estão dentro da regional do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador do Cabo de santo Agostinho- CEREST Cabo, o Hospital Municipal Mendo Sampaio, o Centro Hospitalar Carozita Brito e o Hospital Municipal Prof. Clóvis Azevedo Paiva.

Pela primeira vez, o Estado irá conhecer dados próprios que poderão contribuir para políticas públicas mais consistentes. “A partir de agora, vamos descobrir quem foi vítima de um acidente de trabalho e deu entrada no serviço público de saúde”, diz Gildázio Moura, gerente de Saúde do Trabalhador. “Antes, uma pessoa que caía de uma moto e dava entrada num hospital era apenas registrado como um acidente de trânsito. Agora, se essa mesma pessoa estava entregando uma pizza, também será computada como uma vítima de um acidente de trabalho”, exemplifica o gerente. Todos os profissionais de cada equipe participarão de um curso em saúde do trabalhador nesta sexta-feira (28.08) e serão capacitados para atuar nas três unidades sentinelas, equipadas com mobiliário novo, computadores e impressoras para o funcionamento imediato das atividades.

O grande benefício de fazer o registro dos dados, para Gildázio Moura, é a criação de uma política estadual que possa minimizar os acidentes de trabalho. “Só poderemos construí-la, se tivermos essas informações”, frisa o gerente. Ele salienta também que as atuais ações voltadas ao trabalhador no Estado são orientadas a partir dos números de acidentes colhidos pelo INSS, em anos anteriores. “Mas temos que lembrar que, em Pernambuco, apenas 30% da população economicamente ativa está no mercado formal, trabalhando com carteira assinada”, afirma.

De acordo com o gerente, até o final de 2009, o objetivo é instalar um total de 30 unidades sentinelas em hospitais de média e alta complexidade ao longo de todo o Estado (confira abaixo onde elas estarão localizadas e as próximas agendas). Cada uma delas estará ligada ao Sinam-net, sistema que contabiliza os dados e permite a interligação entre os oito Centros Regionais de Saúde do Trabalhador (Cerest) e a Rede Nacional de Saúde do Trabalhador (Renast).

Gildázio Moura foi o mentor de um estudo inédito, em 2008, para saber quantos acidentes de trabalho poderiam ser computados se fosse instalada uma unidade sentinela no Hospital da Restauração. Durante as 720 horas de análise, foram registrados 542 casos. Ou seja, aproximadamente a cada hora, um acidente de trabalho é registrado na unidade de saúde, sendo a maior parte ligada à construção civil.

Confira, na relação abaixo, onde ficarão localizadas as unidades sentinelas em saúde do trabalhador no Estado de Pernambuco.

Hosp. Jaboatão dos Prazeres
Jaboatão dos Guararapes
Cerest Responsável: Jaboatão
Inaugurada em 27.07.2009

Hosp. Regional João Murilo
Vitória de Santo Antão
Cerest Responsável: Jaboatão
Inaugurada em 27.07.2009

Hospital Regional do Agreste
Caruaru
Cerest Responsável: Caruaru
Inaugurada em 17.08.2009

Hosp. Jesus Nazareno (Saúde da Mulher)
Caruaru
Cerest Responsável: Caruaru
Inaugurada em 17.08.2009

Hosp. Municipal Mendo Sampaio
Cabo de Santo Agostinho
Cerest Responsável: Cabo
Inauguração em 31.08.2009

Centro Hosp. Carozita Brito
Ipojuca
Cerest Responsável: Cabo
Inauguração em 31.08.2009

Hosp. Munic. Prof. Clóvis Azevedo Paiva
Ribeirão
Cerest Responsável: Cabo
Inauguração em 31.08.2009

Hosp. Regional Fernando Salsa
Limoeiro
Cerest Responsável: Goiana
Inauguração em 14.09.2009

Hosp. Regional Belarmino Correia
Goiana
Cerest Responsável: Goiana
Inauguração em 14.09.2009

Hospital Municipal Dr. João coutinho e Maternidade D. Primitiva
Timbaúba
Cerest Responsável: Goiana
Inauguração em 14.09.2009

Hosp. Agamenon Magalhães
Recife
Cerest Responsável: Estadual
A definir

Hosp. Otávio de Freitas
Recife
Cerest Responsável: Estadual
A definir

Hospital da Restauração
Recife
Cerest Responsável: Estadual
A definir

Hosp. Getúlio Vargas
Recife
Cerest Responsável: Estadual
A definir

Hosp. das Clínicas
Recife
Cerest Responsável: Estadual
A definir

Hosp. Barão de Lucena (Saúde da Mulher)
Recife
Cerest Responsável: Estadual
A definir

CISAM (Saúde da Mulher)
Recife
Cerest Responsável: Estadual
A definir

Unidade Mista Torres Galvão
Recife
Cerest Responsável: Estadual
A definir

Hosp. Pan de Areias
Recife
Cerest Responsável: Estadual
A definir

Hospital São Lucas
Fernando de Noronha
Cerest Responsável: Estadual
A definir

Hosp. Regional Fernando Bezerra
Ouricuri
Cerest Responsável: Ouricuri
A definir

Hosp. Regional Prof. Agamenom Magalhães
Serra Talhada
Cerest Responsável: Ouricuri
A definir

Hosp. Regional Ruy de Barros Correia
Arcoverde
Cerest Responsável: Ouricuri
A definir

Hosp. Regional Emília Câmara
Afogados da Ingazeira
Cerest Responsável: Ouricuri
A definir
Hosp. Regional Dom Moura
Garanhuns
Cerest Responsável: Palmares
A definir

Hosp. Regional do Palmares
Palmares
Cerest Responsável: Palmares
A definir

Hosp. Coronel Álvaro Ferraz
Floresta
Cerest Responsável: Petrolina
A definir
Hosp. Regional Inácio de Sá
Salgueiro
Cerest Responsável: Petrolina
A definir

Hosp. Dom Malan (Saúde da Mulher)
Petrolina
Cerest Responsável: Petrolina
A definir

Hosp. de Trauma de Petrolina
Petrolina
Cerest Responsável: Petrolina
A definir

Unidades Sentinelas

Em cumprimento às diretrizes da RENAST, Pernambuco está se organizando para implementar uma rede organizada e hierarquizada em Saúde do Trabalhador com abrangência em todo Estado. Atualmente, além da Coordenação e do Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador, o Estado conta com 08 (oito) Centros de Referência Regionais em Saúde do Trabalhador habilitados e em funcionamento nos municípios de: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, Palmares, Caruaru, Ouricuri e Petrolina.

No intuito de formar a rede de saúde do trabalhador no estado, a coordenação está implantando mais 30 Unidades Sentinelas para alimentar o sistema de informação de saúde do trabalhador, o SINAN-NET

As 30 Unidades Sentinelas serão instaladas em hospitais de média e alta complexidade distribuídas ao longo do Estado. Em cada hospital, será equipada uma sala com todo material necessário e montada uma equipe de profissionais que passarão por um processo de sensibilização e para melhorar a qualidade do atendimento e fazer com que os casos de acidente e/ou adoecimento relacionados ao trabalhado sejam identificados, tratados e notificados.

O material necessário para a instalação das unidades já foi comprado e está sendo organizado para ser entregue em cada unidade, enquanto isso, a equipe de educação e pesquisa da coordenação está iniciando o Projeto de Educação Permanente em Saúde do Trabalhador através da Primeira Etapa, que consiste na Oficina Introdutória em Saúde do Trabalhador.

Oficina introdutória em Saúde do Trabalhador

Ementa:
A importância da investigação, notificação, informação e comunicação nas ações das Unidades Sentinelas em Saúde do trabalhador. O processo histórico do trabalho, saúde do trabalhador e o seu contexto no SUS, a RENAST e projeto de Regionalização de Pernambuco.

Objetivo:
Sensibilizar e informar as equipes multiprofissionais das Unidades Sentinelas quanto ao processo de Regionalização e introduzir conhecimentos básicos de Saúde do Trabalhador bem como para um melhor atendimento dos casos de acidentes e adoecimentos relacionados ao trabalho

Público alvo:
30 equipes das Unidades Sentinelas (Anexo). Cada equipe é composta por 14 profissionais (2 médicos, 2 enfermeiros, 2 assistentes social, 4 técnicos de enfermagem, 2 recepcionistas e 2 digitadores. Participará também do processo de formação técnicos dos 8 Centros Regionais de Saúde do Trabalhador de Pernambuco e representantes de cada um das 11 GERES.

Conteúdos:
· Processo histórico do trabalho
· Política Nacional e Estadual de Saúde do Trabalhador
· A importância da epidemiologia para o planejamento das ações de saúde
· Contextualização do fluxo de atendimento em saúde do trabalhador numa Unidade Sentinela
· O papel da comunicação e informação em saúde
· Como identificar os casos de acidente e adoecimento no trabalho

Horário: das 8:00 as 17:00 horas

Carga horária: 8 horas

Contatos:

MARLISE NADLER
Assessora de comunicação da SES

GILDAZIO MOURA – 94882698 – 92121214
Gerente Estadual de Atenção à Saúde do Trabalhador

MARIANA OLÍVIA - 87298359
Assessora de comunicação
Gerencia Estadual de Atenção à Saúde do Trabalhador

7 de jul. de 2009

Histórico

A organização da Saúde do Trabalhador no Estado de Pernambuco começou a ser estruturada legalmente a partir da publicação da Portaria nº 942 de 14 de dezembro de 1994 do Secretário Estadual de Saúde. Tinha, entre outras atribuições, definir as condições para proporcionar assistência à Saúde do Trabalhador, mediante a criação dos Centros de Referência à Saúde do Trabalhador – CRESAT’s, de modo a adequar a rede pública para atendimento às doenças ocupacionais e acidentes do trabalho. No início, o Programa de Saúde do Trabalhador do SUS/PE contou com a participação da equipe multidisciplinar da Diretoria de Epidemiologia e Vigilância Sanitária – DIEVIS e da Diretoria de Assistência a Saúde – DAS, Centrais Sindicais, FETAPE e Instituições Públicas que tinham interface com a Saúde do Trabalhador. Importante notar que a referida Portaria delegava aos municípios a Gestão de Saúde do Trabalhador, de acordo com a sua condição no processo de municipalização.


Atualmente, a Saúde do Trabalhador no Estado de Pernambuco conta com uma Coordenação que tem a atribuição de coordenar, apoiar e supervisionar em todo território Estadual a execução da Política de Saúde do Trabalhador, garantindo ações de prevenção, promoção, vigilância e assistência, além de criar condições para a captação de informações relacionadas aos agravos à Saúde do Trabalhador, executando, ampliando e fortalecendo a Rede Nacional de Saúde do Trabalhador – RENAST. A Saúde do Trabalhador tem interface com o sistema produtivo, a geração de riquezas e o meio ambiente, daí porque para a sua execução se faz necessário a articulação de vários atores sociais que representam a União, os Estados, os Municípios e a Sociedade Civil Organizada, para que os direitos e deveres dos trabalhadores sejam conciliados, de modo que, as políticas públicas neste campo sejam executadas com eficiência e eficácia. Além disso, é fundamental que sejam observados os princípios que fundamentaram o SUS, as políticas públicas do Estado, as políticas públicas dos municípios para o setor, bem como o quadro epidemiológico e sanitário de cada região. Imbuída da sua responsabilidade, a Gerência Estadual de Atenção à Saúde do Trabalhador (GEAST), pretende através do Plano Estadual de Atenção à Saúde do Trabalhador definir suas diretrizes e metas para atender e zelar pela saúde e segurança nos ambientes de trabalho e nas relações do homem com suas atividades laborais, promovendo a saúde, prevenindo agravos, recuperando e reabilitando o indivíduo trabalhador.

Cerest Estadual Pernambuco convida para Fórum Estadual em Saúde do Trabalhador

  Em alusão ao Abril Verde, mês dedicado à prevenção de doenças e acidentes relacionadas ao trabalho, o Centro de Referência Estadual em Saú...