20 de nov. de 2020

[Divulgação] Getrin 6 promoverá o VII Congresso Pernambucano Trabalho Seguro

 Via divulgação institucional


O Grupo Interinstitucional de Prevenção de Acidentes do Trabalho da 6ª Região (Getrin6) promove, entre os dias 25 e 27 de novembro, o VII Congresso Pernambucano do Trabalho Seguro, com o tema “Trabalho Decente e Crescimento Econômico da Agenda 2030: saúde do trabalhador em tempos de pandemia”. Devido ao surto da Covid-19, o evento será realizado totalmente pelas plataformas digitais.

Durante os três dias, renomados especialistas em segurança e saúde laborais irão discutir as mais atuais e relevantes questões em suas áreas de atuação. O Congresso está dividido em três eixos temáticos: “Trabalho Decente na Agenda 2030: a sustentabilidade do agronegócio e da agroecologia”; “Assédio Moral nas Instituições Jurídicas: para onde vamos?”; e “Desafios e Perspectivas do Novo Gerenciamento de Riscos Ocupacionais Brasileiro”. Toda a programação é voltada a magistrados, servidores, advogados, entidades sindicais, profissionais da área de saúde, empresários, órgãos públicos e organizações não-governamentais, além de estudantes das áreas de Direito, Saúde, Psicologia, Engenharia do Trabalho e Segurança do Trabalho.

 

A conferência de abertura ficará a cargo do vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Fundação Oswaldo Cruz e coordenador do Grupo Temático Saúde e Ambiente da Abrasco, Guilherme Franco Netto, com mediação da gestora regional do Programa Trabalho Seguro, juíza Ana Maria Aparecida de Freitas.

 

Entre os palestrantes estão o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco, Renato Augusto Pontes Cunha; o professor da UFPE Jorge Mattos; a psicóloga e perita judicial Laura Pedrosa Caldas; a juíza do TRT15, Patrícia Maeda; a coordenadora de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho do MPT-PE, procuradora Melícia Carvalho Mesel; a psicóloga organizacional Mayvonne Morais; a conselheira Nacional do CNMP, advogada Sandra Krieger; o coordenador da Capacitação da NR01 na Enit, auditor fiscal Rodrigo Vieira Vaz; o engenheiro de Segurança do Trabalho Sérgio Silva Braga; o médico do Serviço de Referência em Acidentes com Material Biológico do Hospital Correia Picanço Flávio Henrique de Holanda Lins; e o advogado e professor em Direito Previdenciário Rômulo Saraiva

 

Os interessados já podem se inscrever gratuitamente no site www.sympla.com.br/getrin6. O link para acompanhar as palestras será enviado para o e-mail cadastrado no formulário de inscrição e o certificado de participação será disponibilizado em até 10 dias após o evento.

 

VII Congresso Pernambucano do Trabalho Seguro

25, 26 e 27 de novembro de 2020

Inscrições: www.sympla.com.br/getrin6

18 de nov. de 2020

II Fórum de Segurança e Saúde do Trabalhador da Universidade de Pernambuco

 Aconteceu hoje (18/11) o II Fórum de Segurança e Saúde do Trabalhador promovido pela Universidade de Pernambuco. O Cerest Estadual, representado por sua coordenadora, Tathiane Sá, contribuiu com a mesa temática "Perfil Epidemiológico da Covid-19 nos trabalhadores do Estado de Pernambuco". Para acompanhar o conteúdo acesse o vídeo abaixo:







17 de nov. de 2020

Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR)

 


Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) é a perda provocada pela exposição por tempo prolongado ao ruído. Configura-se como uma perda auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído (CID 10 – H 83.3). Consideram-se como sinônimos: perda auditiva por exposição ao ruído no trabalho, perda auditiva ocupacional, surdez profissional, disacusia ocupacional, perda auditiva induzida por níveis elevados de pressão sonora, perda auditiva induzida por ruído ocupacional, perda auditiva neurossensorial por exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora de origem ocupacional.

Os dados epidemiológicos sobre perda auditiva no Brasil são escassos e referem-se a determinados ramos de atividades e, dão uma idéia parcial da situação de risco relacionada à perda auditiva, portanto, não há registros epidemiológicos que caracterizem a real situação. Estima-se que 25% da população trabalhadora exposta (BERGSTRÖM; NYSTRÖM, 1986; CARNICELLI, 1988; MORATA, 1990; PRÓSPERO, 1999) seja portadora de PAIR em algum grau. Apesar de ser o agravo mais freqüente à saúde dos trabalhadores, seus dados de prevalência no Brasil são pouco conhecidos. Isso reforça a importância da notificação, que torna possível o conhecimento da realidade e o dimensionamento das ações de prevenção e assistência necessárias.

A PAIR é passível de prevenção e pode ter como conseqüências prejuízos de diferentes naturezas, podendo levar à incapacidade auditiva, disfunções auditivas – como zumbidos e alterações vestibulares – e mesmo dificultar a inserção no mercado de trabalho. No Brasil, apesar da evolução dos conhecimentos e da legislação sobre a PAIR, ainda ocorrem casos de trabalhadores lesionados. Segundo Neuberger et al (1992), os zumbidos são o primeiro alerta de exposição a um estímulo sonoro excessivo e podem indicar maior susceptibilidade à lesão pelo ruído. Este é um sintoma importante na prevenção da PAIR e um dos principais fatores preditivos de desvantagens geradas para os trabalhadores expostos a ruído.

O trabalhador portador de PAIR também apresenta queixas, como cefaléia, tontura, irritabilidade e problemas digestivos, entre outros, além dos sintomas auditivos freqüentes: quais sejam perda auditiva, dificuldade de compreensão de fala, zumbido e intolerância a sons intensos.  Uma vez estabelecida a PAIR na presença de disfunções auditivas como os zumbidos, estas podem ser um importante fator a causar sofrimento e afetar negativamente a qualidade de vida dos trabalhadores.

Conclui-se que as disfunções auditivas são queixas freqüentes na população trabalhadora, reforçando a necessidade permanente da adoção de medidas preventivas em relação à exposição ao ruído, tanto coletivas quanto individuais. Além disso, são fundamentais a pesquisa e a avaliação das disfunções auditivas nos exames ocupacionais dos trabalhadores expostos a ruído.

REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Perda auditiva induzida por ruído (Pair) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2006. 40 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Saúde do Trabalhador ; 5. Protocolos de Complexidade Diferenciada) ISBN 85-334-1144-8.

OGIDOL, R: COSTAL, E. A da: MACHADOLL, H. C. Prevalência de sintomas auditivos e vestibulares em trabalhadores expostos a ruído ocupacional. Rev Saúde Pública 2009;43(2):377-80. Artigo baseado em dissertação de mestrado de R Ogido, apresentada à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, em 2004.

12 de nov. de 2020

Cerest Estadual PE propõe projeto para promoção da saúde de trabalhadores de aplicativos

 Matéria original em TRT6

                                                     Foto: Roberta Mariz/TRT-PE

O desembargador Fábio Farias, gestor regional do Programa Trabalho Seguro em Pernambuco, recebeu, na tarde da terça-feira (10), o deputado Aluíso Lessa. Em seu gabinete, no edifício-sede do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE), o magistrado articulou uma parceria entre o Grupo Interinstitucional de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Getrin6) – integrado pelo TRT-PE e outras entidades –, e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

“Projeto saúde do trabalhador: promoção à saúde e prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho de trabalhadores de aplicativos” foi proposto pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Pernambuco (Cerest), que também compõe o Getrin6, após iniciativa do deputado, e será financiado com parte do orçamento da Secretaria da Saúde para 2021, buscando atender as necessidades concretas de categoriais de trabalhadores que são mais vulnerabilizadas, como é o caso dos trabalhadores de aplicativos. Estão previstas ações de educação em saúde, cadastramento de trabalhadores, distribuição de materiais de proteção e publicização de campanha sobre a saúde dos trabalhadores de apps.

Tathiane Andréa Bezerra de Sá, coordenadora do Cerest, explica que a instituição é um dispositivo contemplado pela Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PNSTT), que, implantada em 2012, vem levando em consideração todos os trabalhadores, sejam formais ou informais, uma vez que o trabalho autônomo vem crescendo sobremaneira ao longo dos últimos anos, em razão das novas tecnologias. “Uma de nossas funções é atuar como articulador e organizador das ações intra e intersetoriais de saúde do trabalhador, assumindo a retaguarda técnica especializada para o conjunto de ações e serviços da rede SUS e se tornando pólo irradiador de ações e experiências de vigilância em saúde, de caráter sanitário e de base epidemiológica”, destaca.

 “Apoiar um projeto como esse e saber que a Alepe está voltada para a saúde do trabalhador é animador”, ressalta Fábio Farias.
 

Getrin6 - O Grupo Interinstitucional de Prevenção de Acidentes de Trabalho desenvolve, em Pernambuco, as ações do Programa Trabalho Seguro – iniciativa do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) que visa à formulação e execução de projetos e ações nacionais voltados à prevenção de acidentes de trabalho e ao fortalecimento da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Além do TRT-PE, integram o Getrin6 as seguintes instituições: Associação dos Magistrados Trabalhistas da 6ª Região (Amatra6), Ministério Público do Trabalho (MPT-PE), Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/PE), Advocacia-Geral da União (AGU), Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Pernambuco (OAB-PE), Prefeitura Municipal de Olinda, Associação dos Advogados Trabalhistas de Pernambuco (AATP), Associação dos Engenheiros de Segurança do Trabalho de Pernambuco (Aespe), Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Caixa de Assistência dos Advogados de Pernambuco (Caape), Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro/PE), Instituto Nacional de Educação, Meio Ambiente, Saúde, Trabalho e Tecnologia (Inemast), Fundação Apolônio Salles, Sindicato dos Bancários, Vigilância Sanitária, além dos Cerests de Pernambuco, Recife e Jaboatão dos Guararapes.  

10 de nov. de 2020

Câncer relacionado o trabalho

 


O câncer é a segunda principal causa de morte no Brasil. Aproximadamente 60% dos casos ocorrem em estados e municípios de baixa e média renda. Estudos atuais demonstram que cerca de 19% de todos os tipos de câncer decorrem de fatores ambientais, dentre estes, cerca de 900 agentes cancerígenos são geralmente identificados e avaliados pelo seu potencial carcinogênico no local de trabalho. O câncer relacionado ao trabalho é definido como decorrente da exposição a agentes carcinogênicos presentes no ambiente de trabalho, mesmo após a cessação da exposição. Nos ambientes de trabalho podem ser encontrados cancerígenos como o amianto, a sílica, o benzeno, o níquel, cromo, radiação ionizante, e alguns agrotóxicos, cujo efeito pode ser potencializado na exposição concorrente a fatores como a poluição ambiental, dieta rica em gorduras trans, álcool, tabagismo e agentes biológicos. 

É importante reconhecer a relação causal entre agentes ocupacionais e localizações específicas de câncer. Existe um consenso no que se refere a uma subestimação significativa do câncer relacionado ao trabalho, indicada pela análise dos dados epidemiológicos, principalmente devido ao longo período de latência dessas doenças. O câncer por exposições ocupacionais geralmente atinge regiões do corpo que estão em contato direto com as substâncias cancerígenas, seja durante a fase de absorção (pele e aparelho respiratório) ou de excreção (aparelho urinário), o que explica a maior frequência de câncer de pulmão e mesoteliomas de pele e de bexiga nesse tipo de exposição. Não há distinção quanto ao aspecto clínico e história natural do câncer não ocupacional.

As exposições a carcinogênicos ambientais e ocupacionais reconhecidos podem ser reduzidas ou eliminadas, proporcionando um benefício importante à saúde de todos os indivíduos, do público exposto e das gerações futuras, garantindo a equidade por razões socioeconômicas. O investimento da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA em projetos de pesquisa visa à identificação das lacunas de conhecimento nacional sobre a prevalência e os efeitos dos agentes químicos, físicos e biológicos presentes nos ambientes onde se vive e trabalha, com o objetivo de subsidiar ações de prevenção e controle do câncer relacionado ao trabalho e ao ambiente, além de ações de vigilância (da exposição, dos trabalhadores expostos, do ambiente e da doença) nos estados e municípios.

Pressupõe-se que se reduzidas ou eliminadas as exposições a agentes químicos, um número expressivo de novos casos de câncer poderia também ser evitado. Os processos de vigilância em saúde devem ser frequentes nos ambientes de trabalho, bem como, estabelecer ações de atenção integral à saúde desses trabalhadores expostos, considerando que, os danos à saúde ocorrem em longo prazo. A avaliação de risco desses agentes tem o intuito de buscar medidas de saúde pública para reduzir o risco de cânceres evitáveis relacionados a agentes ambientais e ocupacionais.  A exposição à maioria deles é absolutamente evitável. São fundamentais para diminuição do número de casos novos de câncer e a prevenção de mortes associadas à doença, além do investimento no desenvolvimento de amplas ações para melhoria do controle do câncer em todos os níveis.

REFERÊNCIA: 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. Atlas do Câncer Relacionado ao Trabalho no Brasil/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018. 202 p. : il.

INFORME DE VISAT DE JANEIRO A MARÇO DE 2024

A Gerência de Vigilância em Saúde do Trabalhador, por meio da Coordenação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Pernambuco, div...