29 de set. de 2009

Violência no trabalho: Jornalista é agredido pelo filho do verador Luiz Vidal


Por Mariana Olívia


Na última segunda-feira (28.09) o jornalista Rafael Dias, da editoria de Vida Urbana do Diario de Pernambuco foi agredido com um soco no rosto pelo filho do vereador Luiz Vidal nas dependências do jornal.
A violência aconteceu porque o agressor, que se identificou como Luiz Vidal Filho, não teria concordado com o conteúdo da matéria assinada por Rafael sobre a morte do pai dele, que ocorreu no sábado. O texto foi publicado no Diario, ontem. Após agredir o jornalista, o acusado ainda ameaçou os seguranças que estavam presentes e em seguida fugiu do local.
Esse ato violento fere o preceito constitucional da liberdade de informação previsto no artigo 220 da nossa Carta Magna, a liberdade de uma imprensa democrática e digna, além de se caracterizar como violência no ambiente de trabalho. Não é a primeira vez que um jornalista é agredido nas redações de Recife. Um outro caso de destaque aconteceu em 1999 quando o então prefeito de Recife, Roberto Magalhães (PFL) invadiu a redação do jornal com um revólver na cintura ameaçando os jornalistas, principalmente o colunista Orismar Rodrigues. O colunista, segundo o prefeito, o teria desonrado ao publicar nota sobre o veto ao projeto da Torre do Farol de Recife, de autoria de Francisco Brennand. Na verdade, a nota publicada, sequer citava o nome do prefeito.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, considera-se Violência no trabalho situações em que o trabalhador é agredido física, psicológica ou moralmente em circunstâncias relacionadas ao trabalho, implicando em risco para a sua segurança, bem estar ou saúde. Segundo O relatório sobre "Violência no trabalho" da Organização Internacional do Trabalho (OIT) o homicídio tem se convertido na principal causa de morte no ambiente de trabalho para as mulheres e na segunda para os homens. Entre os resultados do estudo, o informativo frisa que essas ondas de violência "que se produzem nos ambientes de trabalho de todo o mundo, permitem concluir que esse problema está acima dos problemas das fronteiras dos países, os ambientes de trabalho ou qualquer categoria profissional".
Para reverter esse quadro é necessário que os casos de violência no trabalho sejam identificados no atendimento médico e que sejam notificados, para poder traçar o perfil dos profissionais e agressões em Pernambuco. Com este perfil pode-se realizar um planejamento de ações de promoção e prevenção envolvendo instituições de saúde, empregadores, trabalhadores e demais atores envolvidos nos processos produtivos.
É importante reconhecer que a violência no trabalho afeta milhões de trabalhadores no mundo todo, tornando-se cada vez mais uma questão de saúde pública e direitos humanos e que afeta de forma relevante a eficiência e o sucesso das organizações.

24 de set. de 2009

Anvisa lança 0800 para facilitar acesso da sociedade

A população ganhou acesso a um novo canal de comunicação direto e gratuito com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. No dia 16 de setembro a Anvisa inaugura sua central de atendimento telefônico e eletrônico.
Pelo número 0800 642 9782, qualquer cidadão poderá realizar denúncias, obter informações sobre produtos sujeitos a vigilância sanitária (cosméticos, alimentos, medicamentos etc.), orientações aos viajantes e conferir o andamento de processos. O serviço ficará disponível de segunda à sexta, das 7h30 às 19h30, totalizando uma capacidade de atendimento diário de 456 horas.
"Acreditamos que a central possa atender de forma imediata 80% dos pedidos de informação que chegam à Agência", afirmou o diretor-presidente, Dirceu Raposo de Mello, ao fazer a primeira ligação para o serviço. Dúvidas muito específicas e técnicas serão registradas e encaminhadas às áreas que terão prazo para resposta.
"O serviço vai aproximar a vigilância sanitária da população brasileira, do industrial à dona de casa, que se tiver dificuldades de acessar a vigilância sanitária local, vai poder ligar para a Anvisa para denunciar um salame estragado no supermercado, por exemplo", aponta o deputado federal Tarcisio Perondi (PMDB/RS), presidente da Frente Parlamentar da saúde.
As respostas da área técnica serão encaminhadas à Central, que fará o contato com o usuário por e-mail ou telefone. Os usuários do serviço poderão acompanhar o andamento do atendimento por meio de um número de protocolo que será fornecido ao final de todas as ligações. O serviço é aberto aos cidadãos, empresas e órgãos de vigilância sanitária.
"Num país que ainda vive um contexto de diversidades regionais e de considerável exclusão digital, a possibilidade da oferta desse serviço por telefone democratiza o acesso à informação em saúde e é um passo importante para garantir a saúde coletiva", defende a consultora em vigilância sanitária da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) - OMS, Éji Pons.
As informações específicas das empresas serão fornecidas somente mediante a confirmação de dados cadastrais. Todo atendimento será gravado, a fim de garantir maior segurança ao processo. A iniciativa foi recebida com entusiasmo pelo setor regulado. "A expectativa é que esse canal ofereça maior celeridade na resolução das dúvidas, o que será muito benéfico", afirma a gerente de Legislação Industrial Farmacêutica do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Rosana Mastelaro.
Além do serviço 0800, a população também poderá se comunicar com a Anvisa por meio de um serviço de Fale Conosco, que ficará disponível no site da Agência.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa

23 de set. de 2009

Dupla jornada de trabalho prejudica a saúde da mulher


Fonte: MBPress Foto: Edson Anjos


Pesquisa da Agência de Saúde Pública de Barcelona revelou que jornadas de trabalho maiores que 40 horas semanais são prejudiciais. As mulheres são alvo fácil desses problemas, pois além de trabalharem fora de casa, cumprem tarefas domésticas e acumulam mais responsabilidades. Isso faz com que elas se sintam mais pressionadas em relação aos seus papéis e culpadas quando não conseguem suprir as expectativas familiares e profissionais.Entre as doenças que podem aparecer, o estresse (que envolve dores de cabeça, insônia, gastrite, diarréia, queda de cabelo e alterações menstruais) é a mais comum. Outras, como a depressão, a ansiedade e os problemas cardíacos, são consideradas mais sérias. A psicóloga Marcelly Pimentel acredita que o lado emocional da mulher é o mais abalado nestes casos. “O excesso de trabalho causa a falta de paciência com as pessoas mais próximas, como familiares e parceiros, aumenta o estresse no trânsito (já que saem cansadas do trabalho), faz com que a mulher não tenha tempo para se cuidar e fazer as coisas que gosta”, afirma a especialista.Como as mulheres passam a maior parte do tempo realizando atividades profissionais, acabam deixando de lado outras tarefas que são essenciais para seu bem-estar, como a prática de exercícios e momentos de lazer. Além disso, pode ocorrer o agravamento de problemas já existentes, entre eles, a hipertensão e o aumento do consumo de cigarros. Também é muito comum elas apresentarem alterações hormonais e psicológicas. Ainda de acordo com o estudo, realizado com cerca de 2.800 pessoas de diversos ramos e classes sociais durante um ano, 17,1% das mulheres analisadas ultrapassam a jornada de 40 horas semanais, considerada normal ou até mesmo mínima no Brasil. A pesquisa constatou que o ambiente de trabalho inadequado, a insatisfação com o emprego, os baixos salários e as horas extras contribuem para o aumento de tais problemas. Segundo a psicóloga, muitas de suas pacientes têm estresse, enxaqueca e somatizam doenças físicas por desgaste no trabalho. Marcelly Pimentel aposta nas terapias alternativas para amenizar o problema, como a ioga e a meditação, e acredita que as mulheres se sentem obrigadas a se dedicar mais ao mercado de trabalho do que os homens. “A mulher tem que se impor mais. Por ser considerada “sexo frágil”, acaba sendo “pisoteada”. Ela sente uma necessidade natural de ser mais ativa”, explica a especialista. A psicóloga ainda acrescenta que “a primeira coisa a fazer é reconhecer que está com dificuldade e depois procurar saídas, como terapia, algum exercício físico, algum hobby. Enfim, algo que goste e que a faça se sentir viva. Já as empresas podem colaborar proporcionando momentos de descanso durante o dia, oferecendo exercícios de relaxamento ou qualquer atividade que permita desviar a atenção da rotina do funcionário do trabalho. Algumas empresas em que dei consultoria colocaram música ambiente relaxante e intervalos a cada quatro horas para descontração”, conta a especialista.

21 de set. de 2009

Técnicos recebem capacitação sobre sistemas de informação


Redação da Superintendência de Comunicação/SES


Técnicos dos núcleos de epidemiologia (NEPI’s) dos grandes hospitais do Estado, localizados na capital pernambucana, do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen), Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) e Hospital das Clínicas vão participar, a partir dessa segunda-feira (21/09), às 8h, de uma capacitação sobre os sistemas de informações epidemiológicas. O curso será realizado no Núcleo de Informática do DataSUS, no antigo prédio da Sudene, na Cidade Universitária, e se estenderá até a próxima sexta-feira (25/09). Cerca de 40 técnicos deverão ser atualizados sobre a operacionalização dos sistemas de Informação de Mortalidade (SIM), Nascidos Vivos (Sinasc) e de Agravos de Notificação (Sinan).

Segundo a gerente de Vigilância de Eventos Vitais, Patrícia Ismael, o objetivo é capacitar esses núcleos sobre as normas e rotinas da notificação de agravos, nascimentos e óbitos, além do monitoramento desses dados. “Queremos que esses técnicos tenham o conhecimento necessário para manusear o SIM, Sinan e Sinasc, puxar os dados e conhecer o perfil epidemiológico dos agravos”, disse. Ainda de acordo com ela, eles conhecerão ainda o fluxo dos sistemas de informações, desde a ponta, quando o médico notifica o caso, até a utilização desses dados no controle epidemiológico.

Ainda de acordo com Patrícia Ismael, os núcleos de epidemiologia dos hospitais são de extrema importância, pois iniciam o processo de vigilância de nascimentos, óbitos ou agravos. É nos hospitais que são preenchidas as fichas de notificação, que são repassadas para os municípios para serem digitadas. “De lá as informações são repassadas para as Regionais de Saúde, depois para o nível central da SES/PE e, por sua vez, para o Ministério da Saúde”, disse. Segundo Patrícia Ismael, se os núcleos melhorarem a estrutura da notificação dos casos, todo o processo também é aperfeiçoado. “Melhoramos a qualidade da informação, tornando os dados mais fidedignos e, consequentemente, a vigilância de óbitos, agravos e nascimentos”, afirmou.

17 de set. de 2009

Zona da Mata Norte inaugura três Unidades Sentinela


A Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizou, na última sexta-feira (11/09), uma Oficina Introdutória para 42 profissionais que trabalham nas três Unidades Sentinela em Saúde do Trabalhador da zona da mata norte de Pernambuco. Elas vão contribuir para identificar os acidentes e agravos relacionados com o trabalho que ocorrem no Estado e, pela primeira vez, os dados serão computados para auxiliar na construção de políticas públicas mais consistentes.

Os profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de nível médio, são dos hospitais Belarmino Correia (Goiana), Regional Fernandes Salsa (Limoeiro) e de Fraturas de Timbaúba, onde foram instaladas as unidades. Entre os temas debatidos, foi abordada a importância da epidemiologia para o planejamento das ações de saúde e a contextualização do fluxo de atendimento. “Também construímos com eles como identificar na prática o que é ou não é um caso de acidente ou adoecimento de trabalho”, diz Gildazio Moura, gerente de Saúde do Trabalhador de Pernambuco.


A solenidade de inauguração foi realizada na segunda-feira (14/09) para assinalar o funcionamento das unidades sentinelas da mata norte e teve presença de diversas autoridades dos três municípios.

Cerest Estadual participa de ação alusiva ao Dia da Mulher promovida pelo Sindicato dos Entregadores por APP

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