19 de dez. de 2011

Técnicos são capacitados em Saúde do Trabalhador

Curso terá duração de 200 horas/aula


Teve início, nesta sexta-feira (16/12), a aula inaugural do Curso de Aperfeiçoamento em Saúde do Trabalhador, realizado pela Gerência Estadual de Atenção à Saúde do Trabalhador (Cerest), em parceria com a Escola de Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE) e o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz. As aulas estão sendo realizadas na sede da ESSPE, na Boa Vista.

Com carga horária de 200 horas/aula, o curso é destinado aos técnicos de todos os nove Cerests Regionais e representantes da Comissão Intersetorial em Saúde do Trabalhador (CIST) do Conselho Estadual de Saúde.

Ao todo, o curso contará com dez disciplinas, que vão desde os princípios e diretrizes do SUS até o Sistema de Informação em Saúde do Trabalhador.

A previsão é que, em 2012, novas turmas sejam montadas. O objetivo é capacitar técnicos das Geres, técnicos das unidades sentinelas em saúde do trabalhador de todo o estado e representantes das Cists Municipais.



21 de nov. de 2011

Agrotóxicos são a segunda maior fonte de contaminação da água

Publicado em novembro 11, 2011 por HC

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no último dia 19 de outubro, um estudo sobre o saneamento básico no país. Nele, um fato soa um tanto quanto curioso: constata que os resíduos de agrotóxicos são a segunda principal fonte de contaminação das águas brasileiras, atrás apenas do esgoto sanitário.

A análise apresenta ainda que, com 6,24%, os agrotóxicos ficaram a frente dos despejos industriais e da atividade mineradora como origens de contaminação. O uso indiscriminado dessas substâncias acaba afetando tanto a vida quanto a saúde da população.

A doutora Silvia Brandalise, presidente do Centro Boldrini, especializado em câncer infantil, localizado em Campinas e professora de Ciências Médicas da Unicamp, diz que por ser um composto derivado de benzeno, o agrotóxico é extremamente prejudicial à saúde, podendo disseminar o câncer. “O agrotóxico, a maior parte deles, tem como matéria-prima básica os derivados de benzeno. Os derivados de benzeno têm como ação importante a quebra de cromátides, que são elementos que compõem o cromossoma. Uma exposição aos derivados de benzeno ou à radiação, você consegue fazer uma mutação. Sendo assim, o câncer e outras doenças, que são mutações sucessivas, vão acontecendo na célula cronicamente exposta a esses produtos”, explica.

A utilização dos agrotóxicos em larga escala na agricultura chegou a tal ponto que é preciso parar com o despejo desses produtos, segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), Rosany Bochner. “A verdade é que chegamos a um limite. Não tem mais como falarmos apenas em diminuir ou usar outro tipo. É preciso acabar com o uso. Acreditamos que é necessário até mudar a maneira de como o Brasil lida com a produção de alimentos. Seria uma revolução maior”, afirma a coordenadora.

Outro grande problema apontado por Rosany é a questão dos alimentos geneticamente modificados, pelo fato de utilizarem “muito agrotóxico para o seu cultivo, em especial a soja. Com isso, toda a soja carrega uma quantidade enorme de produtos químicos na sua composição. Sem contar que os produtores que não utilizam os transgênicos, mas possuem agricultores vizinhos que os produzem, acabam por ter suas plantações também contaminadas”, explica.

Ainda segundo a coordenadora, o Brasil se habituou a utilizar a monocultura como forma predominante nas plantações, o que força os agricultores a aplicar os agrotóxicos.

“O que é proposto por especialistas de produção é a agroecologia. Entretanto, esse conceito iria mexer em uma questão cultural, já que hoje você tem todo mundo comendo a mesma coisa o tempo todo. Não há mais a produção de uma fruta, por exemplo, em determinada época do ano, e sim, a produção dela o ano inteiro, por conta da manipulação”, acrescenta Rosany.

Saúde

Chamados pela indústria de “defensivos agrícolas”, o uso de pesticidas ainda podem provocar danos na medula, a ponto de um transplante se fazer necessário. “O defensivo agrícola é um veneno para o homem, pois ele altera o cromossomo da célula. Uma das ações que ele faz no ser humano é diminuir a produção dos glóbulos brancos. Com a queda de glóbulos brancos, a imunidade cai. Isso provoca uma aplasia de medula, quer dizer, a medula óssea não produz mais os elementos do sangue. Nesse cenário, que é uma destruição global da medula óssea, só o transplante de medula pode resolver”, relata Brandalise.

Diversos estudos já comprovaram que foi detectada uma quantidade significativa de agrotóxicos em águas da chuva. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), existem teses que já provaram que essas toxinas foram encontradas no leite materno, o que prejudica na formação do bebê. Tanto para médicos, quanto para especialistas, a fiscalização das leis que regulamentam o uso dos agrotóxicos, e até a extinção deles, é essencial para que a saúde da população seja a prioridade na hora de se produzir um alimento.

Todavia, mesmo as legislações já vigentes que regulam a utilização desses produtos são pouco respeitadas pelo setor. “Existe legislação que proíbe a pulverização com veneno uma árvore que já tem frutos, por exemplo. Mas na prática se vê aviões pulverizando pés de banana, de laranja, etc., já com o fruto na árvore. Ou seja, a quantidade de derivado de benzeno que vai ficar nessa fruta é enorme”, salienta a doutora.

Além do fato de existirem diversos “produtos que estão com a quantidade muito maior de agrotóxico do que seria permitida pela Vigilância Sanitária. Nisso, os consumidores ingerem uma hortaliça ou uma verdura com um altíssimo teor”, enfatiza.


Intimidação
No entanto, apesar de já existirem diversos estudos que relacionam a contaminação da água por venenos agrícolas, Rosany destaca a dificuldade que há em associar causa e efeito nessa questão.

“O Sinitox registrava apenas intoxicações agudas. Contudo, com a contaminação da água, pode-se levar uma população a desenvolver uma desintoxicação que será crônica. O sistema de saúde não irá registrar essa intoxicação como causada pelos agrotóxicos, pois ao longo do tempo é que irão aparecer os problemas. Verificar esse nexo causal, provar que existe essa relação, é muito difícil”, explica.


“É nessa incerteza que as indústrias se beneficiam, porque quando se vai fazer qualquer tipo de denúncia, ela exige que tenha uma comprovação de nexo causal. Como ainda não se tem essa relação, essas empresas acabam entrando na justiça contra quem declarou qualquer coisa, intimidando as pessoas de fazerem qualquer tipo de declaração. E por essa pressão, as pessoas acabam não falando sobre o assunto”, conclui.


Por Leandro Carrasco, do MAB-Movimento dos Atingidos por Barragens.

EcoDebate, 11/11/2011


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10 de nov. de 2011

GAST e ESPPE organizam curso de Aperfeiçoamento em Saúde do Trabalhador


A Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador, o CEREST Estadual em parceria com a Escola de Saúde Pública de Pernambuco e o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães está organizando o primeiro curso de Aperfeiçoamento em Saúde do Trabalhador do estado de Pernambuco. O curso vem sido construído de forma coletiva e participativa com toda a Rede de Saúde do Trabalhador de Pernambuco. Primeiramente será oferecida uma turma do curso para todos os trabalhadores e trabalhadoras dos Centros Regionais de Saúde do Trabalhador do Estado. Posteriormente ser;ao oferecidas turmas do curso para trabalhadores de todas Gerências Regionais de Saúde - GERES, das Unidades Sentinelas em Saúde do Trabalhador e Conselheiros das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador - CIST de todos os municípios do estado. A última reunião realizada para discussão do curso foi realizada no dia 04 de novembro no Hotel Canárius em Boa Viagem com representantes de todos os Cerests.Aguardem mais notícias!

30 de out. de 2011

Coordenação de Atenção à Saúde da População Negra é implantada na SES

SES lembra Dia Nacional Pró-saúde da População Negra - Coordenação de Atenção à Saúde da População Negra é implantada na SES

Reafirmando o compromisso de fortalecer a equidade no Sistema Único de Saúde (SUS), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) está implantando a Coordenação de Atenção à Saúde da População Negra. O novo setor vai atuar na promoção da saúde dessa população, sendo incluídas as Comunidades Quilombolas e de Terreiros de Religiões de Matriz Africana.

Na quinta passada (27/10), foi realizada uma panfletagem, na entrada da SES, apresentando o novo setor, sua importância e objetivos junto aos servidores da Saúde. A mobilização será realizada em comemoração ao Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra.

A nova Coordenação vai atuar de forma intersetorial, dialogando com as demais áreas da SES, esse trabalho possibilita o recorte racial, identificando o alcance das ações de saúde na população negra.

Com isso, a SES vem atender a uma demanda do Movimento Negro por um olhar sensibilizado para esta população que possui necessidades especificas de saúde. “Não pretendemos criar serviços exclusivos, vamos trabalhar com o foco no que existe disponível na Rede, mas chamando a atenção para as vulnerabilidades dessa população”, destacou a Coordenadora de Atenção à Saúde da População Negra, Miranete Arruda.

Uma das prioridades da nova coordenação é o fortalecimento das ações de saúde para as pessoas com Doença Falciforme, doença genética, ela é prevalente na população negra (pessoas pretas e pardas). Atualmente em Pernambuco uma em cada 1.400 crianças nascidas vivas possuem a Doença Falciforme detectada atravez do Teste do Pezinho realizado na primeira semana de vida.

Assessoria de Comunicação da SES

14 de ago. de 2011

Publicada no Diário Oficial consulta pública sobre a Política Nacional de Saúde do Trabalhador no SUS

Atenção Rede Estadual de Saúde do Trabalhador! Segue nota sobre a consulta pública da Política Nacional de Saúde do Trabalhador. participem!

Blog da Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador.


Publicada no Diário Oficial consulta pública sobre a Política Nacional de Saúde do Trabalhador no SUS A Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador, do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, do Ministério da Saúde encaminhou para consulta pública Minuta de portaria que institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Sistema Único de Saúde. As contribuições serão recebidas em um prazo de até 30 dias a contar de hoje. As contribuições podem ser feitas diretamente no site, enviadas por correio ou por e-mail nos endereços abaixo. CONSULTA PÚBLICA Nº 04 , DE 19 DE JULHO DE 2011 O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE torna pública, nos termos do artigo 34, inciso II, c/c artigo 59 do Decreto nº 4.176, de 28 de março de 2002, minuta de portaria que institui, na forma do Anexo, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS). O texto em apreço encontra-se disponível, também, no seguinte endereço eletrônico: http://www.saude.gov.br/svs/pisast. A relevância da matéria recomenda a sua ampla divulgação, a fim de que todos possam contribuir para o seu aperfeiçoamento.As contribuições deverão ser fundamentadas, inclusive com material científico que dê suporte às proposições. Deve ocorrer, quando possível, o envio da documentação de referência científica e, quando não for possível, o envio do endereço eletrônico da citada referência científica para verificação na internet.O Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST/SVS/MS) avaliará as proposições apresentadas, elaborando a versão final consolidada da Política Nacional de Saúde do Trabalhador no SUS.As contribuições além de estarem disponíveis pelo site WWW.saude.gov.br/consultapublica e pelo e-mail: cosat@saude.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , também podem ser enviadas ao seguinte destinatário: Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador/ Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador – Unidade VI, SCS, quadra 04 – Bloco A – Edifício Principal – 5º Andar - CEP.: 70.304-000Fica estabelecido o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação desta Consulta pública, para que sejam apresentadas contribuições, devidamente fundamentadas, relativas à citada portaria, para sua posterior aprovação, publicação e entrada em vigor em todo o território nacional.Acesse a plublicação da consulta pública e a minuta da Portaria no diário oficial. O sítio de consulta pública do Ministério da Saúde por problemas técnicos ainda não está disponibilizando a Minuta da PNST, porém não inviabiliza as contribuições, que podem ser feitas pelo e-mail institucional da Coordenação : cosat@saude.gov.br .Assim que conseguirmos resolver o problema referente ao sitio do Ministério da Saúde entraremos em contato.Aguardamos a participação de todos.Atenciosamente.

Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Secretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde
SCS Qd. 4 Bl. A - Edifício Principal 5°andarCEP: 70304-000 Brasília – DF
(61)3213-8477

2 de ago. de 2011

Goiana sedia II Fórum Regional do Controle Social em Saúde do Trabalhador


Evento terá o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT)

O município de Goiana (PE), Zona da Mata Norte a 62 km do Recife, sediará de 15 a 18 de agosto, o II Fórum Regional do Controle Social em Saúde do Trabalhador, promovido pelo Conselho Estadual de Saúde de Pernambuco (CES - PE), por meio da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador (CIST) e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).

Entre os objetivos do evento estão, promover um espaço de diálogo junto aos atores e atrizes sociais que atuam na área da assistência e vigilância à saúde, no controle social, além da sociedade civil organizada na construção de ações estratégias intersetoriais para implementação da política de saúde do trabalhador no território do Cerest - Goiana.

O evento, que será realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiana (SMS–GO), Secretaria Estadual de Saúde (SES) e Ministério da Saúde (MS) e o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), tem como público alvo representantes de trabalhadores, como associações e sindicatos; profissionais de saúde, como enfermeiros, médicos, Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes Comunitários de Endemias de Saúde (ACES), técnicos; gestores da saúde como atenção básica, média complexidade e vigilância; representantes das GERES I E II; profissionais da unidade sentinela; Conselheiros Municipais de Saúde (CMS); Conselheiros de saúde das unidades sentinelas e Conselheiros de Políticas públicas.

Durante o fórum, os vários segmentos da pesquisa pública e privada terão a oportunidade de intercambiar conhecimentos e experiências, de modo a impulsionar o avanço científico nos segmentos saúde do trabalhador, apresentando trabalhos no formato painel nas seguintes áreas temáticas: promoção e vigilância em saúde, assistência e controle social.

As inscrições poderão ser feitas no dia do evento, durante o credenciamento, mediante a entrega de 2 kg não perecível. Mais informações sobre o II Fórum Regional do Controle Social em Saúde do Trabalhador no endereço www.conselhoestadualdesaude.blogspot.com ou pelo telefone (81) 3184.4210

30 de jul. de 2011

Consulta pública da Política Nacional de Saúde do Trabalhador

Foi publicada no Diário Oficial consulta pública sobre a Política Nacional de Saúde do Trabalhador no SUS A Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador, do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, do Ministério da Saúde encaminhou para consulta pública Minuta de portaria que institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador n o Sistema Único de Saúde. As contribuições serão recebidas em um prazo de até 30 dias a contar de hoje. As contribuições podem ser feitas diretamente no site, enviadas por correio ou por e-mail nos endereços abaixo. CONSULTA PÚBLICA Nº 04 , DE 19 DE JULHO DE 2011 O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE torna pública, nos termos do artigo 34, inciso II, c/c artigo 59 do Decreto nº 4.176, de 28 de março de 2002, minuta de portaria que institui, na forma do Anexo, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS). O texto em apreço encontra-se disponível, também, no seguinte endereço eletrônico: http://www.saude.gov.br/svs/pisast. A relevância da matéria recomenda a sua ampla divulgação, a fim de que todos possam contribuir para o seu aperfeiçoamento. As contribuições deverão ser fundamentadas, inclusive com material científico que dê suporte às proposições. Deve ocorrer, quando possível, o envio da documentação de referência científica e, quando não for possível, o envio do endereço eletrônico da citada referência científica para verificação na internet. O Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST/SVS/MS) avaliará as proposições apresentadas, elaborando a versão final consolidada da Política Nacional de Saúde do Trabalhador no SUS. As contribuições além de estarem disponíveis pelo site WWW.saude.gov.br/consultapublica e pelo e-mail: cosat@saude.gov.br, também podem ser enviadas ao seguinte destinatário: Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador/ Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador – Unidade VI, SCS, quadra 04 – Bloco A – Edifício Principal – 5º Andar - CEP.: 70.304-000 Fica estabelecido o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação desta Consulta pública, para que sejam apresentadas contribuições, devidamente fundamentadas, relativas à citada portaria, para sua posterior aprovação, publicação e entrada em vigor em todo o território nacional. Acesse a plublicação da consulta pública e a minuta da Portaria no diário oficial.

28 de jul. de 2011

Cerest discute prevenção de acidentes de trabalho - Evento pretende ampliar a promoção à saúde para os trabalhadores

O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) do Recife promove, nesta quarta-feira (27/07), seminário para discutir a prevenção de acidentes no ambiente de trabalho. Durante as discussões, no Fundacentro, no bairro do Torreão, será destacado que os agravos relacionados ao trabalho não causam impacto apenas nesse ambiente, afetando a população em seus outros campos de vivência.

“É de extrema importância que os riscos de acidentes de trabalho sejam continuamente avaliados com adoções de medidas preventivas e de promoção da saúde, visando diminuir a ocorrência desses eventos indesejáveis e muitas vezes previsíveis e evitáveis”, afirma o coordenador do Cerest Estadual, Marcelo Silva, lembrando que no dia 27 é celebrado o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho.

Para minimizar esses impactos, é preciso discutir o contexto socioambiental aonde se localizam os perigos que expõe trabalhadores e moradores, bem como os meios esclarecidos de participação popular e controle social. “A formação de uma consciência crítica e reflexiva, aliada a estratégias de comunicação e informação sobre os riscos ao qual o trabalhador está exposto no seu local de trabalho, é a melhor forma de prevenir acidentes”, destaca Silva.

Além do Cerest Recife, o seminário conta com o apoio do Cerest Estadual, da Gerência Estadual de Atenção à Saúde do Trabalhador e de entidades como a CTTU e a Abrasel.

ACIDENTES – A Saúde do Trabalhador também está envolvida no Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto, instalado pelo governador Eduardo Campos e com o envolvimento de diversos órgãos, inclusive a Secretaria Estadual de Saúde (SES). O intuito é traçar estratégias para minimizar o número de acidentes com motocicletas no Estado, um número que vem crescendo a cada ano.

A Saúde do Trabalhador também faz parte dessa comissão e está colaborando na análise dos acidentes de motocicletas com trabalhadores. Em 2010, percebeu-se que os acidentes com transportes terrestres já representam 25,7% dos óbitos por causas externas, o segundo com maior incidência em Pernambuco, atrás apenas de homicídios. Os acidentes de moto são maioria entre eles, registrando 30,6% dos casos.

Os homens são vítimas em 89% dessas ocorrências, 65% desses com idades entre os 20 e 39 anos. Entre os danos causados aos pacientes que sobrevivem, destacam-se as sequelas motoras, psicológicas e mutilações.

24 de jul. de 2011

Saúde do Trabalhador capacita Unidades Sentinelas - Intuito é solidificar sistemas para agregar dados de agravos






Os técnicos das Unidades Sentinelas, que apoiam os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerests), participaram, nos dias 06 e 07 de julho, da 2ª Oficina Continuada em Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-Net). O evento aconteceu no Orange Praia Hotel, em Itamaracá, e reuniu 25 profissionais das unidades sentinelas e da equipe técnica do CEREST Estadual. O objetivo foi oferecer qualificação para utilizar o sistema on-line, para operacionalizar e analisar a qualidade e a quantificação das informações referentes aos problemas de saúde relacionados aos trabalhadores. O coordenador do Centro de Referencia Estadual (Cerest), Marcelo Henrique, as coordenadoras do curso Jozeane e Giselle,bem como os instrutores deram as boas-vindas aos participantes na aberturar do curso.
As Unidades Sentinelas integram núcleos de epidemiologia instalados em hospitais gerais da Região Metropolitana do Recife (RMR) e do Interior. “Este foi importante pois apresentamos os agravos relacionados à saúde do trabalhador que precisam ser notificados, além de atualizarmos o conhecimento sobre o Sina-net”, afirmou a gerente estadual de Atenção à Saúde do Trabalhador da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Andréa Lagreca. Ela pontua que são 16 os agravos, sendo 2 recém-implantados, que pontuam acidentes terrestres e intoxicações exógenas.
Segundo dados obtidos entre 2006 e 2010, em Pernambuco, foram 5.776 agravos relacionados a acidentes ocupacionais, a maior parte por intoxicação exógena (4.306).
CEREST – Os Centros atuam reunindo as informações obtidas pelas Unidades Sentinelas com o objetivo de criar um perfil dos principais acidentes e agravos que acometem os trabalhadores. O Cerest também tem como função formar as equipes de retaguarda multiplicadora da Rede Nacional de Atenção à Saúde do Trabalhador (Renast) para programação das atividades nos municípios de abrangência.
UNIDADES SENTINELAS INSTALADAS – Cerest Cabo (hospitais municipais Mendo Sampaio e Professor Clóvis Azevedo Paiva e Centro Hospitalar Carozita Brito), Cerest Caruaru (hospitais Jesus Nazareno e Regional do Agreste), Cerest Goiana (hospitais regionais Belarmino Correia e Fernando Salsa), Cerest Jaboatão (hospitais Jaboatão-Prazeres e Regional Jaó Murilo), Cerest Ouricuri (hospitais regionais Emília Câmara, Fernando Bezerra, Ruy de Barros Correia e Prof. Agamenon Magalhães), Cerest Palmares (Hospital Regional Dom Moura), Cerest Petrolina (hospitais Dom Malan, Coronel Álvaro Ferraz, Regional Inácio de Sá e de traumas de Petrolina) e Cerest Estadual (Cisam e os hospitais das Clínicas, Geral de Areias, Getúlio Vargas e Otávio de Freitas).

13 de jun. de 2011

Inscrições para 11ª Expoepi começam em 10 de junho

Estão abertas as inscrições de trabalhos para a mostra competitiva da 11ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças – 11ª Expoepi. O prazo para a subscrição de trabalhos vai até o dia 20 de julho de 2011, pela internet. O Edital de convocação, com as regras da competição para este ano, critérios de seleção dos trabalhos e premiação para cada uma das áreas priorizadas, foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (06/06). O evento acontecerá entre os dias 1º a 3 de novembro, em Brasília-DF.

Serão contempladas duas modalidades de participação. A modalidade I trata das experiências bem-sucedidas realizadas pelos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde – SUS – que contribuíram para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde. A experiência vencedora em cada uma das nove áreas da Modalidade I receberá um prêmio no valor de R$30 mil, oferecido pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A modalidade II (com apenas uma área específica) é uma inovação para este ano, por estar direcionada aos profissionais da Saúde que atuam no SUS e desenvolveram trabalhos técnico-científicos em nível de pós-graduação que contribuem para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde. Nesta modalidade, serão concedidos prêmios no valor de R$9 mil para tese de doutorado, R$6 mil para dissertação de mestrado e R$3 mil para monografia de especialização.

CRITÉRIOS

Os trabalhos serão selecionados segundo os critérios estabelecidos no Edital de convocação. A experiência ou trabalho técnico-científico inscrito que não demonstrar sua contribuição ao aprimoramento das ações de vigilância em saúde será considerado inelegível para a mostra competitiva.

Clique aqui para ler a íntegra do Edital

E para fazer a inscrição da sua experiência ou trabalho técnico-científico, acesse:

http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6262

Atenção: as inscrições podem ser feitas até as 23h59min (horário de Brasilia-DF) do dia 20 de julho de 2011.

Fonte: SVS Informa

2 de jun. de 2011

Prevenção ao assédio moral é debatida durante seminário promovido pelo Cerest






















Com o objetivo de conscientizar e prevenir a prática de assédio moral no trabalho, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) – órgão ligado à Secretaria de Saúde do Cabo de Santo Agostinho - realizou nesta quarta-feira (1º/06), no Serviço Nacional Social de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), o 1º Seminário em Prevenção ao Assédio Moral. O evento contou com as presenças de representantes de Conselhos Municipais, estudantes e funcionários públicos e de empresas privadas. Em sua abertura houve uma apresentação teatral com Catilinda e Mateus.As palestrantes foram as doutoras Joseline Carneiro Leão (Auditora Fiscal e Engenheira de Segurança no Trabalho) e Tereza Nunes (Psicóloga e Mestra em Planejamento e Gestão Organizacional pela Universidade Autônoma de Madri, Espanha). De acordo com Joseline Carneiro, o assédio moral tem uma estreita ligação com a humilhação. Segundo ela, geralmente pessoas que tem crença religiosa e orientação sexual diferente são os que mais sofrem com o assédio moral.De acordo com a coordenadora Técnica e Enfermeira do Trabalho, Iraneide Santos, “o primeiro contato com essas pessoas são para sensibilizar. Trouxemos pessoas chaves que já sofreram com este problema. O silêncio aumenta a impunidade e se conseguirmos criminalizar estas ações já teremos alcançado a nossa meta”, afirmou.CEREST - É um Centro que tem por função orientar toda rede de saúde, bem como outras instituições nas ações de promoção, prevenção, vigilância, diagnóstico, tratamento e reabilitação em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais. O centro atende na Rua Amaro P. Cavalcanti, 118, Centro. Outras informações pelo fone: 3521-6711.































Texto: Giorgio Bruno – Estagiário da Secom/Cabo de Santo Agostinho





















Fotos: Ivan Melo




















2 de mai. de 2011

28 de abril - Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes

Em 2003, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) adotou o 28 de abril como o dia oficial da segurança e saúde nos locais de trabalho. O movimento começou no Canadá e espalhou-se por diversos países, organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais, entre elas a Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres (CIOLS) e o Conselho Sindical da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (TUAC/OCDE).

A data lembra o outro lado do trabalho: o lado que acidenta, incapacita e mata. O Dia 28 de abril é comemorado internacionalmente como um dia de mobilização em defesa da saúde e da vida dos trabalhadores/as, na maioria da vida expostos a risco de forma criminosa e irresponsável pelas empresas, sempre em busca do lucro fácil e maior.

A OIT estima que 6.000 trabalhadores morrem a cada dia no mundo devido a acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, número que está aumentando. Além disso, a cada ano ocorrem 270 milhões de acidentes de trabalho não fatais (que resultam em um mínimo de três dias de falta ao trabalho) e 160 milhões de casos novos de doenças profissionais ocasionando um custo equivalente a quatro por cento do PIB global.

Nesse dia, a cada ano as entidades dos movimentos sociais, as instituições públicas e governamentais e todos aqueles que vivenciam esta realidade no mundo se unem para, em memória das vítimas de doenças e acidentes de trabalho, propor à sociedade uma reflexão e mobilização permanentes contra essa grave situação.

Acompanhando o movimento internacional, há sete anos em Pernambuco se constituiu o Movimento 28 de Abril, que é composto por entidades sindicais, governamentais e não governamentais ligadas à saúde do trabalhador (Gerência Atenção à Saúde do Trabalhador - GEAST, a Comissão Interinstitucional de Saúde do Trabalhador - CIST, Previdência Social,, CERESTs Regionais de Pernambuco, Fundacentro, Ministério do Trabalho e Emprego - MTE e o Movimento Sindical: CUT Pernambuco, Sindicato dos Bancários/PE, SIMEPE, Sindsprev/PE entre outros).

Desde então este movimento realiza todo ano, diversas ações de mobilização em memória às vitimas de acidentes de trabalho no intuito de diminuir o número de acidentes de trabalho que é registrado no estado através de estratégias de comunicação, educação, prevenção e promoção à saúde, colaborando assim, com a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras pernambucanos.

Este ano foi realizado um ato público pela manhã no metrô e uma audiência pública a tarde na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego emPernambuco (SRTE/PE), ambas atividades sob o tema "Os Desafios do Complexo Industrial e Portuário de Suape frente à Saúde do Trabalhador no Contexto do PAC".

No metrô, foram distribuídos panfletos com o intuito de alertar a população sobre os impactos na saúde e no ambiente decoorentes da nova configuração industrial no território de Suape. Na audiência, após a abertura dos trabalhos, tiveram palestras de representantes da Secretaria de saúde, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz, Centro Regional de Saúde do Trabalhador de Goiana, e do Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalhador da SRTE/PE, que foram seguidas de debate entre os ouvintes que lotaram o auditório.

8 de mar. de 2011

Mulher e Trabalho

Nos últimos anos a inserção das mulheres no mercado de trabalho foi uma importante conquista de cidadania plena para as mulheres. A autonomia econômica é fundamental para a emancipação feminina. O crescimento da participação feminina é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais.
O avanço da industrialização transformou a estrutura produtiva, a continuidade do processo de urbanização e a queda das taxas de fecundidade, proporcionando um aumento das possibilidades de mulheres encontrarem postos de trabalho na sociedade. A rebelião feminina do final dos anos 60 chegou ao Brasil e fez ressurgir o movimento feminista nacional fazendo crescer a visibilidade política das mulheres na sociedade brasileira.
Mesmo as mulheres sendo maioria na nossa população e representar significativo crescimento no mercado de trabalho, existem uma série de obstáculos que precisam ser superados, tais como as diferenças salariais entre homens e mulheres, o pouco acesso a cargos de chefia e a dupla jornada de trabalho. Necessariamente, a análise da situação da presença feminina no mundo do trabalho passa por uma revisão das funções sociais da mulher, pela crítica ao entendimento convencional do que seja o trabalho e as formas de mensuração deste, que é efetivada no mercado.
Hoje se observa a possibilidade concreta de uma nova ordem que inclui a relação complementar entre os sexos, a possibilidade de um núcleo familiar democrático e outros componentes de formação da sociedade que possam garantir a efetivação de uma sociedade socialmente justa. Vários são os caminhos construídos pela recente história cultural de nossa sociedade e pela produção teórico-conceitual que explicitam a existência das diferenças, a injustiça das desigualdades sociais, econômicas, políticas, raciais e de gênero, e que apontam possibilidades de mudanças concretas para uma vida melhor para todos e todas.
As homenagens no dia 08 de março – Dia Internacional da Mulher – devem ir além do caráter festivo e comercial que foi adquirido nos últimos anos. É um dia para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres, mas também de luta contra a discriminação e a violência a que muitas delas ainda são submetidas em todo o mundo até hoje.


Mariana Olívia

28 de fev. de 2011

28 – dia internacional de prevenção a LER/DORT

A incorporação de novas tecnologias e de métodos gerenciais nos processos de trabalho modificam o perfil de saúde, adoecimento e sofrimento dos trabalhadores. Essas mudanças se expressam no aumento da prevalência de algumas doenças relacionadas ao trabalho.

As Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho - LER/DORT são características de sociedades industrializadas, que submetem os trabalhadores a condições e ambientes inadequados de trabalho.

Por muito tempo essa doença do trabalho estava exclusivamente relacionada aos movimentos repetitivos, porém, sabe-se hoje que também pode ser desencadeada pela permanência de segmentos do corpo em determinadas posições num período de tempo. Os portadores se deparam com várias dificuldades no seu dia-a-dia como: dor, limitações físicas, desconfiança por parte dos empregadores, diminuição de sua capacidade laboral, incompreensão familiar; tornando-se essencial o entendimento do processo global saúde-doença.

Segundo o Ministério da Saúde (2001), os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho, como LER/DORT, têm um grande impacto não apenas na vida do trabalhador, mas também para a sociedade como um todo.

O maior desafio da prática em Saúde do Trabalhador é superar a atuação fragmentada e direcionada para a assistência, buscando a construção de ações de prevenção e promoção da saúde no intuito de garantir ambientes de trabalho mais saudáveis e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

Entender a diversidade de saberes que permeiam a prática institucional é necessário para que se construa um novo pensar e um novo agir em Saúde do Trabalhador.

É importante aproveitar esse 28 de fevereiro (dia internacional de prevenção a LER/DORT) como um dia de dicusssão e fortalecimento das ações frente a esse problema tão comum na atualidade.

Autoras: Ana Carla , Izabel Gaião e Rose Silva - equipe CEREST Estadual

15 de fev. de 2011

Audiência Pública sobre as condições de trabalho dos Agentes de Saúde Ambiental no controle da dengue

Ontem foi realizada uma audiência pública comandada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região (PRT) no auditório da Secretaria Estadual de Saúde sobre as condições de uso do produto químico (diflubenzuron/temefós) pelos trabalhadores de saúde no combate ao vetor da dengue em Pernambuco.

O procurador Fábio André de Farias havia anteriormente solicitado à Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador – GAST e Centros de Referência Regional e Estadual – CEREST um levantamento sobre como tem sido o manuseio e aplicação do produto pelos Agentes de Saúde Ambiental dos municípios de abrangência do estado.

Após a coleta de dados realizada em 69 municípios de abrangência dos CERESTs Regionais foi elaborado um relatório por uma equipe de sistematização e apresentado na audiência.

Segundo o relatório, trabalhadores podem expor-se durante e após o uso recomendado do produto, com riscos à saúde. A exposição ao diflubenzuron e temefós provoca uma série de efeitos tóxicos sobre a saúde humana, em especial a dos trabalhadores como os Agentes de Saúde Ambiental, que estão continuamente expostos ao produto. Dentre os possíveis problemas destacam-se anemia hemolítica, alterações histopatológicas no baço e fígado irritação da pele e olhos entre outros. Mas vale ressaltar que são problemas diretamente dependentes do tempo de exposição e manuseio incorreto do produto.

Foi identificado na avaliação que atualmente os municípios utilizam três produtos diferentes: temefós, alfacipermetrina e diflubenzuron, sendo que os dois primeiros são mais utilizados. O dilubenzuron só é utilizado em apenas três municípios.

O estudo procurou saber se os municípios disponibilizam e orientam os agentes a utilizarem o Equipamento de Proteção Individual (EPI) e constatou-se que nem todos utilizam material adequado, porém todos os agentes que preparam a mistura dos produtos utilizam algum tipo de proteção. Os municípios informaram ainda que realizam treinamento de seus agentes para a manipulação adequada dos produtos químicos.

Segundo Andréa Lagreca, gerente estadual de saúde do trabalhador de Pernambuco é importante fazer um monitoramento contínuo da saúde desses trabalhadores em todos municípios do estado através de exames periódicos e destaca a utilização dos EPI: “é importante garantir o EPI para todos agentes de saúde bem como verificar a qualidade e o conforto deles. Caso seja necessário, é preciso aumentar a oferta, mas esse número só saberemos após a finalização de todo o processo para então darmos encaminhamento às recomendações da Procuradoria Regional do Trabalho ”

A audiência que contou com a participação de Carlos Vaz - coordenador da Política Nacional de Saúde do Trabalhador; Paulo César - Área técnica de controle da Dengue, ambos do ministério da Saúde, Lia Giraldo do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fiocruz, Lindinere Ferreira da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador, representantes de entidades sindicais, CERESTs e Vigilância Estadual, foi encerrada as 12:30 e teve como encaminhamento uma nova agenda para discussão e definição das ações a serem executadas pela rede estadual de saúde do trabalhador de Pernambuco.

11 de jan. de 2011

11 de janeiro - dia do controle da poluição por agrotóxico


Os agrotóxicos são defensivos agrícolas utilizados para proteger as plantações de agentes biológicos (pragas, ervas daninhas, fungos) e assim, aumentar a produção. Porém, devido a sua alta toxicidade eles geram sérios problemas à saúde da população e principalmente dos trabalhadores envolvidos nos processos produtivos agrícolas.

Esses defensivos não podem ser vistos apenas como um conjunto de substâncias químicas que podem causar riscos químicos à saúde. Eles precisam ser entendidos no contexto em que são utilizados, que envolve o processo de modernização agrícola conservadora em curso no Brasil, que tem a ver com a reestruturação produtiva no campo e a divisão internacional da produção e do trabalho. Esse contexto mais geral precisa ser considerado, assim como o entendimento do agronegócio não apenas em sua dimensão de latifúndios e monoculturas, mas também como um subsistema técnico e político que envolve o capital financeiro, a indústria química, a indústria de biotecnologia, sementes, fertilizantes, tratores, enfim, toda a indústria metal-mecânica. Segundo a Food and Agriculture Organization of the United Nations – FAO, o Brasil é o quarto maior consumidor individual de agrotóxicos no mundo.

Muitos trabalhadores têm desenvolvido graves doenças que em muitas vezes os tem afastado de suas atividades laborais temporária ou permanentemente. Tais fatos ocorrem pela ausência de mecanismos adequados de proteção que visem à fiscalização na comercialização dos agrotóxicos, capacitação dos trabalhadores no manejo consciente e seguro dos produtos e o diagnóstico precoce dos agravos aos trabalhadores que têm contato com os mesmos. Os pequenos produtores são colocados na condição de parceiros do agronegócio, o que na verdade é uma forma de terceirização. Além desses trabalhadores, são atingidos também os moradores dessas regiões e por fim os consumidores de alimentos.

Além dos problemas relacionados à saúde, os agrotóxicos têm provocado também sérios danos ao ambiente, o que tem se transformado em problemas para as regiões onde são aplicados, contaminando o ar, o solo e as águas de mananciais de rios e lagos.

Hoje, 11 de janeiro, foi escolhido como o dia do controle da poluição por agrotóxico. Dia simbólico que serve para comunicar e alertar a sociedade sobre os danos que ele causa e propor ações efetivas e políticas públicas que garantam a melhoria da qualidade de vida das pessoas. A questão do agrotóxico requer um diagnóstico sistêmico no contexto socioambiental, para se chegar às raízes dos problemas e encontrar os caminhos para seu enfrentamento. Em Pernambuco - um dos estados líderes no uso do agrotóxico - tem a atuação do Fórum Pernambuco de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos na Saúde do Trabalhador, no Meio Ambiente e na Sociedade, que está sempre lutando para a diminuição do uso dessa substância no Estado.

INFORME DE VISAT DE JANEIRO A MARÇO DE 2024

A Gerência de Vigilância em Saúde do Trabalhador, por meio da Coordenação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Pernambuco, div...