No Brasil, é considerado trabalho infantil qualquer atividade econômica e/ou de sobrevivência, remunerada ou não, com ou sem finalidade de lucro, realizada por crianças ou adolescentes com menos de 16 anos, ressalvada a condição de aprendiz a partir dos 14 anos, independentemente da sua condição ocupacional. Também se enquadra na definição de trabalho infantil, e é proibida para pessoas com menos de 18 anos de idade, toda atividade realizada por adolescente trabalhador, que, por sua natureza ou pelas circunstâncias em que é executada, como o trabalho noturno, perigoso, insalubre ou penoso, possa prejudicar o seu desenvolvimento físico, psicológico, social e moral.
De acordo com o Decreto nº 6.481, de 12 de junho de 2008, há 04 categorias de piores formas de trabalho infantil que devem ser abolidas:
· Todas as formas de escravidão ou práticas análogas à escravidão, como vendas tráfico de crianças, sujeição por dívida, servidão, trabalho forçado ou obrigatório;
· Utilização, demanda, oferta, tráfico ou aliciamento para fins de exploração sexual comercial, produção de pornografia ou atuações pornográficas;
· Utilização, recrutamento e oferta de adolescente para outras atividades ilícitas, particularmente para produção e tráfico de drogas; e
· O recrutamento forçado ou compulsório de adolescente para ser utilizado em conflitos armados.
Esse ano o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FENPETI) traz como tema: “o trabalho infantil que ninguém vê", com o objetivo de trazer luz as infâncias invisibilizadas, a fim de combater o trabalho infantil nas ruas, nos rios, nas praias, nos campos e nas casas, entre tantos espaços e ambientes em que ele ocorre, é preciso "transformar os nossos compromissos em ação: vamos acabar com o trabalho infantil!"
O CEREST Estadual Pernambuco tem participação ativa no Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em Pernambuco (FEPETIPE), que anualmente promove discussão sobre a temática. Este ano, no dia 13 de junho, foi realizado o II Seminário Estadual de Prevenção e Erradicação ao Trabalho Infantil - “O trabalho infantil só CRESCE e o Plano Estadual Contra o Trabalho Infantil, NADA!”
Já na mesa 2 com o tema: E o Plano Estadual? Participaram da mesa O Grupo de Estudos, Pesquisas e Extensões no Campo da Política da Criança e do Adolescente (GECRIA/UFPE), a Coletiva Mulher Vida (CMV) e a Escola de Conselhos de Pernambuco (ECEPE) que trouxeram um pouco do trabalho doméstico, do comercio de drogas e seus reflexos na exploração do trabalho infantil, os desafios para o combate do trabalho infantil no campo e a importância de planos municipais, estadual e nacional para políticas públicas no combate ao trabalho infantil.
Foi apresentado o Manual de Perguntas e Respostas sobre Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador, elaborado pela auditoria fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho de Pernambuco (SRT-PE) que ajudará na inspeção do trabalho.
A Secretaria Executiva do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FEPETIPE) apresentou dados da PENAD 2022 e os desafios no combate ao trabalho infantil.
Objetivo do seminário foi discutir, unir forças e provocar as organizações governamentais, não governamentais e a sociedade para o combate do trabalho infantil e garantir um futuro melhor para nossas crianças e adolescentes.
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