Nos últimos anos a inserção das mulheres no
mercado de trabalho foi uma importante conquista de cidadania plena para as
mulheres. A autonomia econômica é
fundamental para a emancipação feminina. O crescimento da participação feminina
é explicado por uma combinação de fatores econômicos e culturais.
O avanço da industrialização transformou a
estrutura produtiva, a continuidade do processo de urbanização e a queda das
taxas de fecundidade, proporcionando um aumento das possibilidades de mulheres
encontrarem postos de trabalho na sociedade. A rebelião feminina do final dos
anos 60 chegou ao Brasil e fez ressurgir o movimento feminista nacional fazendo
crescer a visibilidade política das mulheres na sociedade brasileira.
Mesmo as mulheres sendo maioria na nossa
população e representar significativo crescimento no mercado de trabalho,
existem uma série de obstáculos que precisam ser superados, tais como as
diferenças salariais entre homens e mulheres, o pouco acesso a cargos de chefia
e a dupla jornada de trabalho. Necessariamente, a análise da situação da
presença feminina no mundo do trabalho passa por uma revisão das funções
sociais da mulher, pela crítica ao entendimento convencional do que seja o
trabalho e as formas de mensuração deste, que é efetivada no mercado.
Hoje se observa a possibilidade concreta de uma nova
ordem que inclui a relação complementar entre os sexos, a possibilidade de um
núcleo familiar democrático e outros componentes de formação da sociedade que
possam garantir a efetivação de uma sociedade socialmente justa. Vários são os
caminhos construídos pela recente história cultural de nossa sociedade e pela
produção teórico-conceitual que explicitam a existência das diferenças, a
injustiça das desigualdades sociais, econômicas, políticas, raciais e de
gênero, e que apontam possibilidades de mudanças concretas para uma vida melhor
para todos e todas.
Texto de Mariana Olívia em homenagem a todas trabalhadoras e trabalhadores.
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