28 de fev. de 2011

28 – dia internacional de prevenção a LER/DORT

A incorporação de novas tecnologias e de métodos gerenciais nos processos de trabalho modificam o perfil de saúde, adoecimento e sofrimento dos trabalhadores. Essas mudanças se expressam no aumento da prevalência de algumas doenças relacionadas ao trabalho.

As Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho - LER/DORT são características de sociedades industrializadas, que submetem os trabalhadores a condições e ambientes inadequados de trabalho.

Por muito tempo essa doença do trabalho estava exclusivamente relacionada aos movimentos repetitivos, porém, sabe-se hoje que também pode ser desencadeada pela permanência de segmentos do corpo em determinadas posições num período de tempo. Os portadores se deparam com várias dificuldades no seu dia-a-dia como: dor, limitações físicas, desconfiança por parte dos empregadores, diminuição de sua capacidade laboral, incompreensão familiar; tornando-se essencial o entendimento do processo global saúde-doença.

Segundo o Ministério da Saúde (2001), os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho, como LER/DORT, têm um grande impacto não apenas na vida do trabalhador, mas também para a sociedade como um todo.

O maior desafio da prática em Saúde do Trabalhador é superar a atuação fragmentada e direcionada para a assistência, buscando a construção de ações de prevenção e promoção da saúde no intuito de garantir ambientes de trabalho mais saudáveis e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.

Entender a diversidade de saberes que permeiam a prática institucional é necessário para que se construa um novo pensar e um novo agir em Saúde do Trabalhador.

É importante aproveitar esse 28 de fevereiro (dia internacional de prevenção a LER/DORT) como um dia de dicusssão e fortalecimento das ações frente a esse problema tão comum na atualidade.

Autoras: Ana Carla , Izabel Gaião e Rose Silva - equipe CEREST Estadual

15 de fev. de 2011

Audiência Pública sobre as condições de trabalho dos Agentes de Saúde Ambiental no controle da dengue

Ontem foi realizada uma audiência pública comandada pela Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região (PRT) no auditório da Secretaria Estadual de Saúde sobre as condições de uso do produto químico (diflubenzuron/temefós) pelos trabalhadores de saúde no combate ao vetor da dengue em Pernambuco.

O procurador Fábio André de Farias havia anteriormente solicitado à Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador – GAST e Centros de Referência Regional e Estadual – CEREST um levantamento sobre como tem sido o manuseio e aplicação do produto pelos Agentes de Saúde Ambiental dos municípios de abrangência do estado.

Após a coleta de dados realizada em 69 municípios de abrangência dos CERESTs Regionais foi elaborado um relatório por uma equipe de sistematização e apresentado na audiência.

Segundo o relatório, trabalhadores podem expor-se durante e após o uso recomendado do produto, com riscos à saúde. A exposição ao diflubenzuron e temefós provoca uma série de efeitos tóxicos sobre a saúde humana, em especial a dos trabalhadores como os Agentes de Saúde Ambiental, que estão continuamente expostos ao produto. Dentre os possíveis problemas destacam-se anemia hemolítica, alterações histopatológicas no baço e fígado irritação da pele e olhos entre outros. Mas vale ressaltar que são problemas diretamente dependentes do tempo de exposição e manuseio incorreto do produto.

Foi identificado na avaliação que atualmente os municípios utilizam três produtos diferentes: temefós, alfacipermetrina e diflubenzuron, sendo que os dois primeiros são mais utilizados. O dilubenzuron só é utilizado em apenas três municípios.

O estudo procurou saber se os municípios disponibilizam e orientam os agentes a utilizarem o Equipamento de Proteção Individual (EPI) e constatou-se que nem todos utilizam material adequado, porém todos os agentes que preparam a mistura dos produtos utilizam algum tipo de proteção. Os municípios informaram ainda que realizam treinamento de seus agentes para a manipulação adequada dos produtos químicos.

Segundo Andréa Lagreca, gerente estadual de saúde do trabalhador de Pernambuco é importante fazer um monitoramento contínuo da saúde desses trabalhadores em todos municípios do estado através de exames periódicos e destaca a utilização dos EPI: “é importante garantir o EPI para todos agentes de saúde bem como verificar a qualidade e o conforto deles. Caso seja necessário, é preciso aumentar a oferta, mas esse número só saberemos após a finalização de todo o processo para então darmos encaminhamento às recomendações da Procuradoria Regional do Trabalho ”

A audiência que contou com a participação de Carlos Vaz - coordenador da Política Nacional de Saúde do Trabalhador; Paulo César - Área técnica de controle da Dengue, ambos do ministério da Saúde, Lia Giraldo do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fiocruz, Lindinere Ferreira da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador, representantes de entidades sindicais, CERESTs e Vigilância Estadual, foi encerrada as 12:30 e teve como encaminhamento uma nova agenda para discussão e definição das ações a serem executadas pela rede estadual de saúde do trabalhador de Pernambuco.

INFORME DE VISAT DE JANEIRO A MARÇO DE 2024

A Gerência de Vigilância em Saúde do Trabalhador, por meio da Coordenação do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Pernambuco, div...